14.4.08

Passarinhos na Frigideira


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Naquele dia estes escaparam

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Tinha acabado a guerra civil de Espanha, que serviu para uma meça de forças e experiência em material beligerante para o início da 2ª Guerra Mundial. Ambas foram devastadoras, causando a morte a milhares e milhares de vidas humanas.
Eu tinha 7 anos e meu irmão 12. Brincávamos despreocupadamente felizes, como qualquer criança daquela idade, alheios aos tumultos do Mundo, às politiquices caseiras e enfim aos ódios entre as nações.
Como noutros contos já fiz referência, o meu pai possuía quintas e as nossas dificuldades não seriam tão grandes como a maioria dos portugueses, porquanto não havendo dinheiro, existiam os bens urbanos e rústicos que davam estatuto e eram sinal de bem-estar, aliado às terras que cultivadas enchiam a barriguinha.
De qualquer das maneiras, foram anos e anos difíceis, de incertezas, de intranquilidade que toda a gente passava.
Foi a época do carapau, da sardinha, do chicharro e do bacalhau, que comíamos 6 vezes por semana de 2ª a Sábado, e ao Domingo com muitas dificuldades lá nos “lambíamos” com um pouquito de carne.
É curioso, como os tempos mudam e o mais barato de ontem como por artes mágicas passa ao mais caro de hoje e vice-versa. Vejamos: sardinha e bacalhau era a comida que qualquer trabalhador com o vencimento mais curto levava como almoço para o trabalho. Note-se que não era luxo, era simplesmente o mais barato, ao contrário de agora, que são dos mais caros que se compram. Este exemplo serve perfeitamente também para a truta. Caríssima antigamente e agora ao preço da uva mijona.
Em poucas casas particulares existia rádio e para ouvi-la íamos até ao estabelecimento mais próximo, que normalmente era uma taberna, levávamos uma cadeira da nossa casa e sentávamo-nos cá fora a deliciar as campânulas auditivas com uns faditos ou outra coisa qualquer.
As brincadeiras eram todas do mais simples que havia, desde “Rei coxo, o eixo, a apanha, o arco e pouco mais”.
O meu irmão possuía uma infinidade de ratoeiras para apanhar passarada e eu andava ansioso para também me iniciar nessas brincadeiras, que terminavam quase sempre com uma frigideirada de passarinhos fritos e que eram o nosso consolo.
Até que, chegando a minha hora, num dia feriado e em época de passagem da passarada de arribação, combinámos os dois, arranjámos lagartas que se tiraram dos caules de milho e se prendiam com um aramito muito fino ao mecanismo da ratoeira, lá partimos manhã muito cedo os dois para a grande caçada, segundo a minha imaginação.
Chegados à quinta, marcamos um bom perímetro e meu irmão já habituado às andanças, tratava de escavar ligeiramente a terra, armar e tapar a ratoeira de forma a enganar as vidas inocentes que lá fossem depenicar.
Claro que, nesta altura fazer a descrição de como se processava e decorria se eles caíam ou não, não é difícil.
Difícil seria enganá-los, porque alguns são espertíssimos e bastava ver-nos por ali para debandarem para outros lados e todo o nosso trabalho era infrutífero.
Eu, que me via naqueles assados pela primeira vez, não descansava em querer ver um passarito cair na ratoeira, recebendo por isso reprimendas do meu irmão para me afastar do local.
Até que, já farto de esperar, aborrecido por não ver o meu desejo realizado, resolvi abandonar a caçada e regressar a casa sozinho, deixando o mano com a trabalheira de efectuar a recolha sozinho, mas depois na mesa, seria o primeiro a sentar-me para degustar as pequenitas aves.
Maroto, como sempre, e já longe dos seus olhares, achei uma frigideira abandonada, com buracos e cheia de ferrugem e coloquei-lhe uma meia dúzia de “castanhos” de burro, que era coisa que naquela época não faltava em qualquer sítio, e fui colocá-la numa ratoeira, como se de pássaros se tratasse.
Quando cheguei a casa, minha mãe não se admirou de eu vir tão cedo, pois já tinha calculado que eu me iria aborrecer.
Por volta da uma hora da tarde, meu irmão regressa e eu, ao avistá-lo ao longe, fui esconder-me no sótão, que tinha duas portas, não fosse ele vir com os azeites e ir-me aos “queixos” e assim enquanto ele subia e entrava por uma eu raspava-me pela outra.
Largou as ratoeiras e a passarada e desatou a chamar-me. Zé, ó Zé, anda cá que o mano não te bate, só quero a tua ajuda para depenar os pássaros. Tendo eu com os meus 7 anitos irrequietos respondido assim. Pois não, eu sei que não me queres bater, tu só me queres dar uns beijinhos, mas desses não estou interessado; olha os da frigideira arranca-lhes tu as penas.
É evidente que com esta frase ainda o enfureci mais e foi aí que a mãe Júlia se apercebeu da situação e lá pôs água na fervura, de forma a que o Zé escapasse de levar umas “lamparinas” no “trombil” e não ficasse sem ferrar o dente em 4 ou 5 passaritos fritos, que diga-se estavam como sempre, de comer e chorar por mais. No entanto pelo sim pelo não, não me sentei ao pé dele.
O ser humano nunca deixa de gostar de brincar. Hoje, como outrora, causar uma pequena arrelia a um amigo, para provocar o riso, primeiro de uma das partes, depois a generalizar-se e rirem ambos até às lágrimas, vencidos por essa força irresistível chamada humor e que, ao que parece, só a nossa espécie possui.

83 comentários:

Olá!! disse...

hahaha grande malandreco e gulosooooo
Também me lembro dos meus irmãos andarem a apanhar pardais, mas de espingarda Diana... eu pequenita ia atrás tentar curar as feridas dos bichos e com grande revolta da Maria, que era a empregada, fazia-lhes o enterro... porque os desgraçados se não morriam do tiro, morriam da cura... :)))
Claro que ela (a Maria) ia ao "cemitério" dos passarinhos e não se fazia rogada em fazer uma grande jantarada para a família... a dela, porque a minha mãe nunca gostou de carne com penas hahaha
Beijosssssssssssssssss Zé e obrigada pela deliciosa história

Capitão Merda disse...

Eras fresco, Zé!
O teu irmão bem que te devia ter aplicado umas palmadas!
:)

Infelizmente, também eu já participei em tais "caçadas".
Apesar de ser típico da tenra idade, quando me lembro envergonho-me disso.
Logo eu, que adoro animais...

Fica bem

Abraço

Zé do Cão disse...

Capitão. Eu também adora animais. Desde um leitão da Bairrada acompanhado com espumante Altoviso Extra de primeira, um cabrito assado no forno à moda de Salamanca, um tinto da Ermelinda de Freitas (prémio actual do melhor do Mundo, lavagantes, santolas, Lagostinhos etc. Como vê adora animais. Agora passaritos coitados.... Olha outra dia, fui a Borba a uma festa rural, e havia passarinhos, vindos da China. Eram do tamanho da unha do dedo mindinho.

Abraço, capitão

Zé do Cão disse...

Olá!! O meu irmão perguntou-me se eu não tinha vergonha de atirar esta caçada prá Net? Desatei-me a rir e ainda não sei hoje se ele chegou a depenar ou não os que lhe coloquei na
frigideira. Todavia estou convencido que se o gajo me pegava, dava-me com eles na "fussa".

Paula Carolinny disse...

show, adorei o tecto... faz de quem é mais velho lembrar da infancia.


bjus

Anónimo disse...

Olha lá ò ZÉ!

Palpita-me que és muito melhor na FISGADA que na ratoeira..

Ainda comes "passara_inhas"???
(perguntinha singela,e com ar angelical)



BOA SEMANA PAAR TI:pandoarbox

M disse...

As tuas histórias continuam deliciosas! E descreves tão bem os ambientes que não custa nada imaginar esses retalhos de vida campestre, de há uns anos atrás...

Beijinhos

Zé do Cão disse...

Linny. Bem aparecida por aqui.
Bj.

Zé do Cão disse...

Pandora. fartei-me de rir ao ler o teu comentário.
Realmente na ratoeira, não tinha muito geito, mas com a fisga era raro falhar. ahahahah....... és boa observadora. ahahahah.......
Sobre a perguntinha singela e angelical ahahah....lê o meu comentário no blog do Prof. Damas Sexualidades, Afectos e Mascaras e tens a resposta.
(não tenho dentes postiços, nem a aparencia de gastos).
Num conto que espero contar dentro em breve, cujo titulo é "Feira de Sevilha" a foto que ilustrará este, é cá o Zé, a dar comer à pombinha.
ahahahah........

Zé do Cão disse...

Pandora: Quero fazer uma rectificação. escrevi geito, quando deveria ser jeito. Burro sim tanto não.
Bj muitos e mantem sempre esse humor, porque eu vivo sinceramente, para o ele.

Zé do Cão disse...

medusasss. Faz lembrar o cheiro da terra depois de chuver? Os passarinhos a cantar? Os melros, os pardais dos telhados. As arvores com as cerejas vermelhinhas penduradas, as ginjeiras carregadinhas, e o gosto da ginja que quasi esquecemos por não aparecerem à venda.(Adoro doce deste fruto). Em Agosto a acompanhar o meu pai a provar um bago de uva aqui outro ali para ele estudar o açucar das mesmas e portanto a qualidade do vinho futuro. Que saudades eu tenho desse tempo. E por aqui me fico.
Bj

Zé do Cão disse...

Ólá, Pandora e Silencio Culpado.
O que digo a Medusasss, é extensivo a vós.
Bj. para a três....

Vitor disse...

eu lembro-me de caçar a passarada com a minha BSA, mas dava a comer à xita que era uma gata lá de casa...
Também me lembro de ir matar rãs para o ribeiro... mas deixava lá as pernas (hehehehe)..., ou então de meter a xita na máquina de lavar a roupa (a centrifugar) e era vê-la a rodar, a rodar ..... malandro mesmo... por isso levava uns tabefes de vez em quando...

abraço

Zé do Cão disse...

Chiça, eu nunca fui tão malandro. O meu pai na época das vindimas, pisa da uva, mosto etc. Punha-me em cima de um tonel daqueles que levavam milhares de litros da "pingola" e o zé como era pequeno, alguém lhe alcançava canecos de 25 litros para despejar lá para dentro até encher.
Era sempre a aviar, vários homens a alcançar e o zézito ficava com os braços derreados. Depois de o vinho cozer, tirava-se o engaço que no norte se chama cangaço, ía outra vez ao lagar apertar, na vera de madeira com pedra, mas para isso eu não tinha força (ou dizia que não tinha, que era para terem pena de mim). Fazer água pé de uva moscatel. Depois mais tarde era um consolo, já tudo era mecanico e ou toneis viraram depositos de alvenaria. Finalmente eu e o meu irmão não ligavamos a este tipo de vida e foi tudo a andar. As quintas são povoações. Seriam histórias intermináveis. Estás a dizer-me que levavas uns tabefes? Tu merecias era uma tareia desde que te levantavas até deitar. Pá, não contes nada disso aos teus filhos, quando não os gajos dizem assim, tens alguma moral para me dizeres alguma coisa.
Eu já ouvi esta do meu filho mais velho, por causa do mulheriu. Virei as costa e calei-me.
Um abraço, grande, grande

luafeiticeira disse...

eheheh, provocaste-me boas recordações pois també, sou da província e também me deliciava a comer passarinhos fritos, não apanhados por mim, evidentemente, mas por um familiar que da vez que fez a maior passaria foi apanhado pela GNR enquanto este mijava contra um muro velho; esse meu familiar tinha ido espreitar porque ouvira barulhos e não é que dá de caras com o guarda de pila na mão, a reacção foi: "Pronto, já fui apanhado" e lá foram os pássaros para o Hospital para serem comidos pelas enfermeiras e médicos, suponho.
Beijos e novo post (forte) te aguarda

Manuel Damas disse...

Um grande abraço, Zé...

Zé do Cão disse...

Luafeiticeira. Farei os possiveis para que nunca me pareça com um muro velho. Velho sim, agora parecido com um muro nunca, (tarrenego) não vá algum guarda republicana mijar-me para cima. Não estaria o GNR também à caça? Com a espingarda na mão! Se valhar não estava era carregada.
Bj grandes, amiga

Zé do Cão disse...

Professor, já li a sua resposta. Já estou mais descançado.
Era minha intenção ir até ao Porto (agora estão em festejos, que me causam azia), à jantarada que promete.Já tinha o documento assinado e tudo (autorização da patroa, que como ainda trabalha, está escalada para esse mesmo dia, em serviço de urgencia, numa unidade de saúde familiar). É assim é uma coisa + ou -.
É o dia de receber impropérios da malta que pelo facto dos serviços estarem maus por falta de pessoal, quem lá está é que os houve.
Também julgo, que quem protesta não deve estar muito doente. Bem, esta conversa acaba já aqui.

Só que, tenho padrinhos (de casamento) pessoas adoráveis que nos visitam em fim de semana e portanto no sábado, até às 20 horas sou eu que tenho de fazer as honras da casa. Lixaram-me. Fazia mesmo gosto enorme de conhecer pessoalmente muitos daqueles e daquelas que me divertem com boa disposição, dão carinho e amizade, coisa tão rara nos tempos que correm.
Como tenho dois pactos firmados com
Deus e com o Diabo, mão prevejo, que a minha partida para o jardim das tabuletas, seja nos tempos mais próximos, contribuindo assim para numa próxima oportunidade me apresentar em forma e quem sabe servir de exemplo a um dos seus programas ao vivo.(ou morto).

Um abraço, prof.

Anónimo disse...

a capacidade de brincar é das maiores dádivas que podemos ter (para mim claro)
adorei a fotografia!
(assustadora a imagem dos passaritos fritos... eu e o meu irmão e os amigos tb percorriamos os montes de fisga ao ombro ou arma de pressão e para casa iam sempre uns quantos, que como esses acabavam fritos e eu chorava como uma condenada.. as lembranças são como os tremoços, não é? :)

Zé do Cão disse...

Cassamia. É verdade, as lembranças corre pela nossa mente, como um filme.
Oiço dizer, que a velhada lembra-se das coisas antigas e esquecem as actuais.
Sinceramente, nunca dei por isso.
Lenbro-me das antigas e das actuais.
Estou em forma......
Bj. amiga

Olá!! disse...

Fiquei com pena ao ler que não vinhas ao jantar .... chuifff
mas não vão faltar oportunidades para te dar um abraço daqueles.
Beijo grande Zé

Zé do Cão disse...

Nem fazes a ideia quanto desejo tinha. A Suz. também desejava ir.
Ela também se ri à farta.
Um bj. amiga

Tatiara Costa ; ) disse...

Relembrar é abrir as asas da emoção. Está eu aqui a lembrar dos meus tempos com minha irmã.
Abração.

Zé do Cão disse...

Gostei desta passagem
Abraço

Ludmila Prado disse...

a vida é bela sim, meu amigo zé do ção, basta você olhar ela com olhos que queiram ver.
vi seu recado pra mim no blog da linny.
beijo

Ludmila Prado disse...

tadinho dos passarinhos. :(

faz parte da idade neh, aventuras de crianças.
legal o texto, a infância marca mesmo, ainda mas momentos assim, legal.

um beijo

Zé do Cão disse...

Ludmila, apareça sempre é ben vinda.
Sim é como diz, aventuras de criança, que ás vezes dão em desventuras. Todas as historias do meu blog são verdadeiras.
Beijinhos

SILÊNCIO CULPADO disse...

Zé do Cão
Que maravilhosa irreverência te tem acompanhado, amigo. Eu costumo dizer que as pessoas demasiado ajuizados tornam a vida sensaborona.
Esse teu espírito alegre e matreiro é uma riqueza inquestionável para ti e para os outros a quem a transmites.
Adoro ler-te e também os mails que me mandas.
Abraço apertado

Zé do Cão disse...

Quanto de gosta de alguem, fazemos os possiveis para lhe agradar. Historias bonitas e com humor.
Quanto aos mails antes de os enviar, primeiro dou uma valentes gargalhadas.
Bj. muitos amiga

Moyle disse...

por acaso nunca me dediquei à caça da passarada. eu e o pessoal da minha rua andávamos era tardes inteiras a apanhar fruta, de pomares alheios claro. e são situações geradoras inesgotáveis de situações hilariantes como só a putalhada consegue.

quando a vida nos parecer complicada temos que vê-la pelos olhos do miúdo que põe "castanhas" de burro numa frigideira velha só para arreliar o irmão e aí tudo melhora, em que seja pelo nosso sorriso.

JOY disse...

Amigo Zé do Cão

Quando era puto fui duas vezes aos passaros , mas sinceramente achava aquilo aborrecido, só ia para fazer companhia á malta. Mas gostei de lêr esta sua aventura que me fez retroceder aos meus tempos de criança.

Um abraço
Joy

Zé do Cão disse...

Moyle, eu nunca fui à fruta, porque a tinha com fartura. Agora, corri foi muita malta à pedrada para não irem às quintas do meu pai. Sobre a passarada, mesmo mais tarde também achava aborrecido. No prato não, ai gostava, até me lambia. Certa ocasião
os meus filhos foram perguntar ao tio se tinha sido verdade essa cena.
O Gajo desatou a rir e a chorar e disse-lhes assim. O vosso pai, era um sacana do caraças. Tás a ver, não tás.
Um abraço

Zé do Cão disse...

Meu amigo JOY, é que os passaros quando nos vêm batem as asas e safam-se para os outros lados. E á pesca tens paciencia? Eu também não. Agora caçar e pescar no prato, sou um áz. Desde que me agrade, sou da 1ª apanha. Falando em comer. Agora ia um bacalhau dourado, comido em Elvas com uma pinga de Borba, Vidigueira ou Reguengos que me consolava. Convidava-te, tinhamos muito que conversar.
E a primeira coisa que te dizia, era assim. Proibido tratar-me por senhor.
Um abraço grande, meu amigo.

Diabólica disse...

Passei somente para desejar um bom fim de semana, e deixar um beijinho.

Volto com mais calma, outro dia.

Anónimo disse...

AIIIII que chove tanto...

Era nestas horas que devias levar em BALDE as águas que te entram oela garagem dentro para a casa do Presidente da camara,para ver o que é bom pra tosse..cambada de incompetentes...xulos da Nação!!

Como diz Ruy Belo:o Meu País é a terra que o Mar ñ quis!

que tudo corra pelo melhor!

Um abraço:pandorabox

Zé do Cão disse...

Obrigado DIABOLICAS elos Bj.
Passeio pelo teu canto

Zé do Cão disse...

Pandora. Somente agora começou a chuver. Pouco e certo. Se for assim não há problema . Pelos vistos no Norte tem sido uma caldeirada tremenda. Pelo menos é o que tenho visto na TV.
Obrigado pelo cuidado. Pergunta: Vais ao jantar no sábado organizado pelo Prof. Damas. Gostava muito de ir, todavia...... Problemas se levantam.
Bj.

luafeiticeira disse...

O melhor texto de sexo que já escrevi já está postado.
beijos que te aguardam

fotógrafa disse...

e era tão bom comer aqueles passarinhos fritos?!?
Hoje quase todas as pessoas têm pejo em dizer que o faziam,por isso gostei de ler este teu post.Eu digo que o fiz e que gostava,só que agora com a história de que é anti-ecológico isto e aquilo, não se dá seguimento a tradições que o povo tinha.
Ir armar armadilhas aos pássaros,era natural e aí andávamos nós pelo restolho dos campos, depois das ceifas, a colocá-las pelos montes acima...
eu lá ia com os meus primos e era realmente uma alegria, quando ao fim de algum tempo as recolhiamos,bem como os pardais gordinhos, que depois eram fritos e...comidos, só restando os ossinhos.....rsrsrs
podem chamar-me desnaturada por causa dos bichinhos, mas lá que é bom....hummmmm....rsrs
gostei da tua história, tão autêntica!!!
Ah, obrigada pela visita ao cantinho da fotografa.
Abraço

Zé do Cão disse...

Luafeiticeira. Obrigado.
Corro para lá, porque adora os textos.
Bj.

Zé do Cão disse...

Fotografa, é tal e qual como dizes.
Pardais é que nunca comi, mas admito que fossem bons. Apanhei alguns, depois metia-os em anilinas de varias cores e na gaiola era um regalo, ver
pardais, azuis, amarelos, verdes, pardos, vermelhos, coitados era até darem á sola. Tá bem, eu também concordo com a ecologia, tal e tal, mas matar uma melga que me pica toda a noite dá-me um grande prazer. Também é anti-ecologico, não.
Ceifas, restolho, palavras já tão desusadas, que saudades mulher, que saudades.
Quem me dera ter outra vez os 7 anitos e saber rigorosamente o que sabia naquela altura.
Aproveita bem o fim de semana, vai dar um passeio ao restolho, leva galochas que está molhado e na 2ª feira vais ver que te sentes com mais força e vontade de viver.
Beijinhos

Vitor disse...

olha, um bom fim de semana, se possível com um arroz de passarinhas.... digo de passarinhos....

abraço

Capitão Merda disse...

Gostaste da noite de Quarta-Feira?
;)

Bom fim de semana, amigo Zé!

Zé do Cão disse...

Capitão:

Se gostei, consolei-me. De verdade, melhor que um arroz de lavagante.

O meu obrigado e volta 2ª cheio de força.Abraço

Zé do Cão disse...

vsuzano. O que comia agora era um arroz de lavagante. Isso ía.
Também não desperdiçava uma (s) passarinha. Garanto-te que não me causava azia. Era uma questão de condimento.
Vamos lá....
estou numa de, vou, não vou. É que a chuva, já quase que entrou, estive a pouco menos de um palmo. E nesta incerteza, fico por cá. Não há ninguém que lamente mais do que eu.

Um abraço

Olá!! disse...

Ó Zé... também ia um arroz de lavagante a passarinha ficava para ti ;))))

Se a água parar mete rodas ao caminho...
Beijosssssssss

fotógrafa disse...

Com chuva ou sem…(Pelo menos aqui pelo norte vai ser com), espero que tenham um fds divertido…inventem!
Abraço

São disse...

Não espanta o bacalhau ter atingido o preço a que está: só Portugal , para se lembrar de fazer prato nacional de um peixe que vai pescar a milhares de quilómetros!!!
Feliz fim de semana.

Zé do Cão disse...

Olá!!. Eu a ir iria de comboio. Porque portagens e Gasolina são incomportáveis.
Mas se voces soubessem a vontade que tinha de ir.
Bj.

Zé do Cão disse...

fotografa. Ai vai ser com e aqui é com. Se aos menos houvesse um pt.
Até parece que estamos a enviar mails.
A ir ao jantar de certeza me divertia.
Um bj.

Anónimo disse...

Não Zé! na verdade além de não ter sido convidada,até pq não conheço esse bloog estou muito longe,fugir a este Inverno desgraçado..

Não queres colocar esse bloog que tanto recomendas?

BOM FIM DE SEMANA!

xi coração para a PATROA(RRSR)

pandorabox

Zé do Cão disse...

São. é verdade, é uma coisa mais ou menos como o Pulpo do carvalhido na Galiza.
O pulpo (polvo) é do mar e carvalhido fica ao pé de Orense e não o tem.
Mas o pulpo de lá é que tem fama.
Já agora ao ouvido, vou dar-lhe um segredo. Há uma terra frente a Barreiro de onde foi retirado o Comboio. A ligação entre as duas fazia-se por uma ponte que por causa da Siderurgia foi tirada.
Atravessei na lancha, dezenas e dezenas de vezes para chegar ao Barreiro. é do meu Concelho. Há muitos anos que não vivo aí, mas mas minhas recordações dessa tempo são enormes.

Um bj e feliz fim de semana

Miki disse...

Afinidade…
Não é sentir, nem sentir contra…
Nem sentir para…
Nem sentir por…
Nem sentir pelo…
Afinidade é sentir com!

Um fim de semana cheio de alegria e harmonia.
Beijo

kuka disse...

E as hienas Zé? Estão sempre a rir!

Zé do Cão disse...

Miki. Afinidae é isso mesmo.
Talvez aí há 3 ou 4 anos, fui o Alqueva. Mas em vez de ir ao Alqueva fui para Monsaraz, hospedei-me por lá e fiquei 3 dias. Não queres ver que esteve lá dois dias uma japonesa, vestida com os trajes milenários e visitou Monsarez, com aquela roupa,cara pintada de branco, sapatos e os seus passos miudinhos.
Calçada abaixo, a cima, foi um epectaculo para a pouca gente que lá reside. Eu, julgava estar a sonhar ou a assistir a uma cena de filmagem. Mas não, era de sua livre vontade que o fazia. Eu e a minha mulher deliciamo-nos, não com ar trocista, mas preciando tamanha pajorra.
Agradeço a visita Bj. e prá semana há mais

Zé do Cão disse...

Kuka. As hienas não sabem fazer outra coisa.
E diga-se que solto de quando em quando cada gargalhada, que me parto todo.
Já agora, que tal uma fritada de passarinhos? Um regalo, não.
Pelo S. Martinho fui a Borba à festa das castanhas e da pinga e foi-me apresentado uns passarinhos tão,tão pequenitos, que me disseram virem da China, que recusei.
Confesso que comida da China me repugna. Talves por já ter entrado
numa cozinha de um casal chinez e ver as imagens da televisão sobre os restaurantes chinocas.
Um abraço, amigo, sem chuva que já estou farto dela.

Templo do Giraldo disse...

Mais uma historia daquelas que tu bem sabes construir. Sim senhor. Eu digo-te que sou um apreciador dos passarinhos fritos bem regados com um tinto aqui da minha região.
Mas em relação a esta historia de passaros, digo-te que ainda tenho bem presente na minha memoria ir apanhar bicos de lacre e verdelhoes com o meu avo e com o meu tio. Punhamos visgo nas arvores e depois iamos para o lado opsto desse sitio bater nas arvores para os espantar. Era belos tempos, tempos que não mais voltarão. Mas destas tenho eu muitas mais, tasi como apanhar espargos, tubaras e cilarcas. Era outros tempos......:)

Bom fim de semana e um abraço.

A Maya disse...

Olá!

Amei seu blog!
Histórias gostosas de se ler!

Te linkei!
E voltarei!

Grande bj!

Zé do Cão disse...

Templo do Giraldo. Quando escrevi este conto nunca pensei que avivasse a memoria a tanta gente. E tantos voltassem à sua meninice. Por esse facto esta história será para mim das mais belas que escrevi. Sinto-me feliz duplamente.
Um abraço e tinha regressado agora mesmo do teu canto.

Zé do Cão disse...

Ká. Gostei que vieses. Cára nova é sempre Ben-vinda.
Um bj. Volta sempre

Templo do Giraldo disse...

>Pois é meu amigo avivas-te me a memória de acontecimentos que ja tem um bom par de anos. É sempre bom recordar momentos que eram passados no campo e ao ar livre. Hoje em dia já é pouco frequente ver pessoas aos pardais e aos espargo, etc.. Até porque os terrenos que outrora eram livres, hoje em dia estão cercados, e são reservas de caça. Até para ir a pesca ja está mau, mas pronto é o que temos.

Um abraço.

maria inês disse...

tenho andado descuidada nos comentários! mas tenho vindo, tenho lido... boa semana, Zè

Anónimo disse...

Olá! O meu marido na sua infância também tinha a mania de caçar passarinhos com os amigos, faziam uma fogueira e depois os assavam.
Estou a ver que não era o único. Eu não acho normal!!!Coitadinhos dos passarinhos!!!!! Abraço Zé :)

Zé do Cão disse...

Templo, tempos que já não voltam.
A malta de agora nem um grilo sabe apanhar.
Se calhar tu também não sabes como se apanham os grilos no Minho, pois não?
Tempos que não voltam para nós que somos crescidos e aos mais novos nem chegam a existir.

Um abraço

Zé do Cão disse...

Inês, gosto que visitem o meu blog, mas não o faça por obrigação.
A Inês compreende o que vou dizer.
São 21 horas, e tenho um nó na garganta que impede de engolir o sapo dos 4-1.
Um abraço ao João e o seu pai que se conforme.
Bj

Zé do Cão disse...

Capriccio, é uma maneira de ver as coisas. Não há quem vá caçar caça grosso. Outros ligeira Coelhos, rolas, perdizes, codornizes etc.
Nós eraramos pequenos caçavamos o possivel. Passaritos. Mas olhe que fritos, é uma especialidade. Coitaditos dos passarinhos. Decerto gosta de carne de bovinos. Coitaditos deles e por aí fora.
É a vida nascemos para nos comermos uns aos outros.
Um bj pela sua simpatia

Lisa's mau feitio disse...

Oh Zé do Cão!!

Escreve textos enormes como se não houvesse amanhã, credo!!

Nego-me a ler isto tudo a esta hora indecente!!

No way!!

Deixo-lhe um beijinho e votos de uma semaninha do best!!

Lisa

:D

Zé do Cão disse...

Não sei de outra maneira minha querida.
Mas este até é pequenino.
E se não for assim, tem graça ?
Um Bj

Anónimo disse...

NÃO ME DÁ JEITO CHAMAR ZÉ DO CÃO
MAS JÁ VIM AQUI VÁRIAS VEZES E NÃO HÁ NOVAS HISTORIAS ,NÃO PERCEBO PORQUÊ? FALTA DE TEMPO E DE HISTORIAS NÃO É CONSERTEZA. ISTOU SEMPRE HÁ ESPERA DE VIRE A LER ALGUMA QUE JÁ HOUVI DE VIVA VOZ
BEIJINHOS GINA

Olá!! disse...

Zé, a tua missiva foi entregue:))
Já vi que gostaste das fotos e tive imensa pena que não tivesses vindo...
Beijossssssssssss

Zé do Cão disse...

Minha querida Gina. Palavra que me dás imensa alegria por vires aqui. Compreendo que não te dê jeito chamar-me Zé do Cão. Pois trata-me por Zé que afinal foi sempre assim que me tratas-te. É claro que sabes muitas das histórias que tenho passado e também sabes que todas que aqui estão são verdadeiras. Pois prepara-te que na proxima 5ª feira vais ter uma que bem conheces. Muitos, muitos Beijinhos, boa amiga

Zé do Cão disse...

Olá!! Acredito que sim. Mas podes ter a certeza, que eu ainda tive mais.
E agora ao ver as fotos, com gente tão simpatica e animada, fico à espera pela segunda iniciativa.

Um abraço ao marido e para ti como sempre Bj.

Templo do Giraldo disse...

Não sei como os apanham no minho mas eu cá pelo meu alentejo era menino para os apanhar á mão. Depois levava-os juntamente com outros colegas para a sala de aulas e largavamos. Gostavsmos de ver as meninas e as prof aos gritos armadas em estericas:::ppppp grandes tempos. Mas destas tenho eu muitas mais, que nem te passa pela cabeça meu caro zé... de lembrar dou por mim a rir sozinho:P so visto...

Um abraço.

Zé do Cão disse...

Templo. Apanhavas os grilos metendo uma palhinha no buraco, não era?
Pois no Minho, levam uma garrafa de água e enchem o buraco. Claro quer o animal para não morrer afogado foge cá para fóra. Ora não é muito mais aliciante usar a palhinha?
O teu blog está animado! Vá, responde e dá a tua opinião aos teus visitantes.
Um abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Zé do Cão, meu amigo.
Venho dar-te um xi-coração e dizer-te que o Raul do SIDADANIA já respondeu, no Silêncio Culpado, à tua pergunta sobre a origem da sida.
Nós estamos a discutir no SIDADANIA o tema a quem devemos contar quando somos confrontados com o HIV. Gostaria muito que opinasses no Sidadania. Sou eu que estou a moderar os comentários.
Abraço

Zé do Cão disse...

Silencio Culpado.
Bj um beijinho grande, muito, muito grande.

Anónimo disse...

Estas suas estórias são uma delicia!
Ab

Zé do Cão disse...

Amigo Bernardo, pois faz favor de me tratar por tu, quando não fico zangado. Afinal, não temos ambos 22 anos? (Quem dera). Pois se gostas, na proxima 5ª feira passa por cá, vais ter de cuaoleu.
Vou lá à tua porta, mas bato devagar.
Um abração

Anónimo disse...

Cá passarei!
Abraço

Templo do Giraldo disse...

A maneira que tu dizes que faziam no minha é mais velha que o "cagar de pé".. Isso até um menino pequeno sabe disso:) Mas pronto fica registado.. Eu preferia mesmo apanha-los e larga-los nas aulas de aulas como te disse. Era muito mais porreiro. Passei aqui para te deixar um saudoso abraço.

Laura disse...

É verdade zé, eu adorava passarinhos fritos, mas hoje, hoje tenho vergonha de os te rpapado,...mas tu, ó balha-me, a querer apanhar a pardalada, e claro, deixaste o mano que nem te ia bater (ai não) ahhhhhhh, mas que coisa e que mãe Julia tinhas a defender-te... Pobres passaritos, pobres caçadores de meia tigela, ehhhhhh..beijinhos.

Zé do Cão disse...

Laurinha

Ora, ora, que havia naquela época para a gente se divertir?

Alguma coisa tinhamos que fazer.

Beijocas

Anónimo disse...

mas podem explicar como é que apanhava os pássaros?