Sentei-me à frente desta máquina fascinante, com o intuito de escrever mais uma história ocorrida durante esta minha curta passagem pela vida terrena. É certo que ainda cá estou, mas segundo parece já tenho as campainhas celestiais limpas com “solarine”, afinadas, reluzentes e prontas para tocarem quando eu aparecer a bater à porta do céu.
Todavia, fui informado pelo meu subconsciente, que no inferno também preparam festejos e que já há uma quantidade de “cornuditos de elite”, pronto a raptarem-me na hora H, com o sentido de me acolherem definitivamente no seu convívio.
Portanto, eu que já há muito tempo estou preparado para iniciar a viagem, sinto-me constrangido e infeliz por saber a trama que se desenrola nas minhas costas.
Num dos lados o Céu e no outro o Inferno. No primeiro não me oferecem nada e entrarei (o que acho improvável) se tiver sido sempre bem comportado, no segundo oferecem-me uvas moscatel, pêssegos, bananas, anedotas picantes, licor de Ginja de Alcobaça, Tortas de Azeitão, Sardinhas, Tripas à moda do Porto, arroz de lavagante e voltas ao Mundo sem parar acompanhado de mulheres, mulheres muito lindas e boas como o milho.
Encontro-me pois num “tri-lema” e não estou a descortinar como vou sair desta enrascada. Julgo até que a dar-se o rapto não tenho alternativa, já que as tropas do Céu não estão tão preparadas e não possuem material bélico tão sofisticado com as do Inferno.
Só me resta então, fazer a minha luta com as armas que disponho, não fazendo caso de ofertas tentadoras, mantendo-me por cá mais uns tempos, gozar a vida e tentando fazer em cada dia uma história de amor e humor.
Nos primeiros dias de Junho passado desloquei-me a Braga e à Galiza, utilizando, até à Capital do Minho, o Alfa Pendular, com saída às sete da manhã de Santa Apolónia.
A carruagem em que viajava tinha muitos lugares vagos, sinal de que havia poucos passageiros, já que aquele comboio é de lugares marcados obrigatoriamente e portanto as faltas são notórias. No lugar de janela contrária à minha, mas uma fila à frente, viajava uma senhora de meia-idade, bem vestida, bem penteada, mãos bem tratadas e unhas arranjadas. Trazia uma pasta com muitas folhas A4 e entretinha-se a passar a vista por elas, fazendo anotações, como quem está a rectificar pontos escolares.
Admiti portanto ser professora, ocupando o tempo de viagem a trabalhar.
Em dado altura, vindo da carruagem bar, surge um senhor negro, grande, grande mesmo e com uma bunda enorme, sentando-se ao lado da professora.
Eu observava o caso discretamente mas com os olhos sempre em busca de algo para me divertir.
A Senhora mexia-se, virava-se de um lado para o outro, não estava bem. Julguei ser pulga atrevida, mas depois fiquei completamente esclarecido. O homem exalava um cheiro nauseabundo e pensei. Como é possível um homem bem vestido, sapatos engraxados, engravatado, pasta tipo “James Bond”, cheirar tão mal. Porque não foi à casa de banho vazar aquele bandulho, decerto, atulhado de couve-flor e feijão preto miudinho que os brasileiros mandam para cá.
Do meu lugar “observatório” apercebo-me que a coisa estava “preta” para aqueles lados, e só terminou quando a senhora resolveu telefonar a alguém que a fosse buscar a Gaia, pois estava agoniada e não podia fazer a viagem até Campanhã.
É que o grandalhão, assim que se sentou, tirou os sapatos para ficar com os pés mais à vontade e consequentemente aliviado de apertos.
Para dar a possibilidade da senhora poder sair, levantou-se mesmo descalço e passou ao corredor, vendo nessa altura, em cada uma das suas meias, dois enormes buracos, um nos calcanhares e outro à frente nos dedos grandes.
Em Campanhã esperava-me uma nossa “blogueira” que me queria conhecer, acompanhada do marido, de um dos filho e de uma adoptiva malhada e orelhas caídas (já é estrela, pois aparece com frequência na net), onde no futuro irão acampar um casal de carraças, que irão dar continuidade à sua espécie.
Cumprimentámo-nos rapidamente e fiz-lhe referência que era capaz de ter nascido uma história naquela viagem, e, não fosse ela colocar-me a mão nas costas e empurrar-me para o comboio, o Zé teria ficado em terra…
Portanto, meninos e meninas, nada de tirar os “chanatos” em publico, porque o sulfato de peúga tem um cheiro que incomoda todo o mundo.
Todavia, fui informado pelo meu subconsciente, que no inferno também preparam festejos e que já há uma quantidade de “cornuditos de elite”, pronto a raptarem-me na hora H, com o sentido de me acolherem definitivamente no seu convívio.
Portanto, eu que já há muito tempo estou preparado para iniciar a viagem, sinto-me constrangido e infeliz por saber a trama que se desenrola nas minhas costas.
Num dos lados o Céu e no outro o Inferno. No primeiro não me oferecem nada e entrarei (o que acho improvável) se tiver sido sempre bem comportado, no segundo oferecem-me uvas moscatel, pêssegos, bananas, anedotas picantes, licor de Ginja de Alcobaça, Tortas de Azeitão, Sardinhas, Tripas à moda do Porto, arroz de lavagante e voltas ao Mundo sem parar acompanhado de mulheres, mulheres muito lindas e boas como o milho.
Encontro-me pois num “tri-lema” e não estou a descortinar como vou sair desta enrascada. Julgo até que a dar-se o rapto não tenho alternativa, já que as tropas do Céu não estão tão preparadas e não possuem material bélico tão sofisticado com as do Inferno.
Só me resta então, fazer a minha luta com as armas que disponho, não fazendo caso de ofertas tentadoras, mantendo-me por cá mais uns tempos, gozar a vida e tentando fazer em cada dia uma história de amor e humor.
Nos primeiros dias de Junho passado desloquei-me a Braga e à Galiza, utilizando, até à Capital do Minho, o Alfa Pendular, com saída às sete da manhã de Santa Apolónia.
A carruagem em que viajava tinha muitos lugares vagos, sinal de que havia poucos passageiros, já que aquele comboio é de lugares marcados obrigatoriamente e portanto as faltas são notórias. No lugar de janela contrária à minha, mas uma fila à frente, viajava uma senhora de meia-idade, bem vestida, bem penteada, mãos bem tratadas e unhas arranjadas. Trazia uma pasta com muitas folhas A4 e entretinha-se a passar a vista por elas, fazendo anotações, como quem está a rectificar pontos escolares.
Admiti portanto ser professora, ocupando o tempo de viagem a trabalhar.
Em dado altura, vindo da carruagem bar, surge um senhor negro, grande, grande mesmo e com uma bunda enorme, sentando-se ao lado da professora.
Eu observava o caso discretamente mas com os olhos sempre em busca de algo para me divertir.
A Senhora mexia-se, virava-se de um lado para o outro, não estava bem. Julguei ser pulga atrevida, mas depois fiquei completamente esclarecido. O homem exalava um cheiro nauseabundo e pensei. Como é possível um homem bem vestido, sapatos engraxados, engravatado, pasta tipo “James Bond”, cheirar tão mal. Porque não foi à casa de banho vazar aquele bandulho, decerto, atulhado de couve-flor e feijão preto miudinho que os brasileiros mandam para cá.
Do meu lugar “observatório” apercebo-me que a coisa estava “preta” para aqueles lados, e só terminou quando a senhora resolveu telefonar a alguém que a fosse buscar a Gaia, pois estava agoniada e não podia fazer a viagem até Campanhã.
É que o grandalhão, assim que se sentou, tirou os sapatos para ficar com os pés mais à vontade e consequentemente aliviado de apertos.
Para dar a possibilidade da senhora poder sair, levantou-se mesmo descalço e passou ao corredor, vendo nessa altura, em cada uma das suas meias, dois enormes buracos, um nos calcanhares e outro à frente nos dedos grandes.
Em Campanhã esperava-me uma nossa “blogueira” que me queria conhecer, acompanhada do marido, de um dos filho e de uma adoptiva malhada e orelhas caídas (já é estrela, pois aparece com frequência na net), onde no futuro irão acampar um casal de carraças, que irão dar continuidade à sua espécie.
Cumprimentámo-nos rapidamente e fiz-lhe referência que era capaz de ter nascido uma história naquela viagem, e, não fosse ela colocar-me a mão nas costas e empurrar-me para o comboio, o Zé teria ficado em terra…
Portanto, meninos e meninas, nada de tirar os “chanatos” em publico, porque o sulfato de peúga tem um cheiro que incomoda todo o mundo.