23.6.10

Salve-se quem puder

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Num Portugal cheio até acima de políticos que não sabem governar, juízes que não sabem julgar e chefes que não sabem mandar, que mal tem uma salva-vidas que não sabe nadar? Nenhum. Foi isso mesmo que acharam as luminárias que decidiram colocar uma funcionária pública - que prestava serviço no pólo do Ministério da Agricultura de Aljustrel e foi integrada no quadro de mobilidade em 2007 - nas piscinas municipais de Castro Verde, precisamente como salva-vidas. Ao Correio da Manhã, a funcionária, que tem 65 anos, a quarta classe e fazia limpezas, contou que foi feita a mesma proposta a uma colega, que tem 70 anos e já esta reformada. Das duas, uma: ou nos tornamos oficialmente 0 país do salve-se quem puder ou a ideia, levada um pouco mais longe, até pode ser boa. Por exemplo, e que tal recrutar nadadores salvadores nos lares de terceira idade? Assim de repente, ocorre-nos uma vantagem óbvia: alem do baixo custo da mão-de-obra, pelo menos a maioria dos profissionais já traria uma botija de oxigénio acoplada para prestar socorros a náufragos.
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