2.8.10

Riqueza Nacional


Nestes tempos difíceis que Portugal atravessa, com uma crise instalada como nunca ninguém se lembra, de quando em quando, tenho dado comentários sobre a problemática da cortiça em Portugal.

Não posso nem devo guardar por mais tempo a magoa que sinto por assistir aos fecho de fábricas que trabalham este produto, sem verificar uma decisão governamental, que contrarie este desaforo.

Portugal é o maior criador de cortiça do Mundo. Portugal era o país onde existiam mais fábricas para a sua transformação e temos assistido ao fecho sistemático das grandes industrias.

Em tempo, a grande empresa, a maior em todo o mundo da Cortiça, era a Mundet. Em Portugal, tinha fábricas em Amora , Mora, Seixal, Montijo e Ponte de Sor. As suas agencias espalhavam-se pelos quatro cantos do mundo.

Com o acabar daquela já há alguns anos, apareceram os “Amorins” que sucedendo-a receberam a coroa de gloria e tornaram-se reis, naquela industria.

Esta empresa, cresceu, fez-se grande, e uma serie de pequenos fabricantes morreram estrangulados, por encerrando. Aqui há uns anitos a Corticeira Amorim comprou a C.G. Wicander, fabrica a trabalhar em pleno (com duas ou três centenas de trabalhadores), e imediatamente a seguir desmantelou-a, despediu todo o pessoal, deixando no Seixal, grande numero de famílias em dificuldades. Ainda hoje lá está a chaminé, na minha óptica a simbolizar aquela desgraça. (É um dos monumentos da cidade.)

A Ásia sempre foi um grande consumidor de produtos corticeiros, e mais propriamente os Chineses sempre tiveram grande apetência por copiar estes produtos. Mas a China não tem Cortiça, tem somente mão de obra barata. De a alguns anos a esta parte, algumas fabricas trabalhavam em exclusividade para o oriente, ajudando Portugal a contrabalançar a balança comercial.

Até que, a China, pede licenciamento a Portugal para poder importar a cortiça em bruto a partir do montado, para serem eles a fazer os produtos que lhes fazem falta e ao mesmo tempo inundar o comercio mundial de tudo quanto se pode fazer da cortiça, ao preço da uva “mijona”.

Os fabricantes portugueses, passaram a comprar a cortiça mais cara e de pior qualidade, os produtos aumentaram e o Oriente deixou de nos comprar, a cortiça manufacturada. O Desemprego tem aumentado por falta de encomendas e os Amorins, trabalham na China a tuta e meia , já que, para aproveitarem a mão de obra barata trataram de fazer lá uma fábrica, prevendo-se, mais tempo, menos tempo, ao fecho das suas fabricas de Santa Maria da Feira.

Os industriais alertaram-se, entram em contacto com o governo para conversarem sobre o assunto e não obtém resposta, entram em contacto com todos os partidos políticos com assento parlamentar e recebem resposta igual à que deu o governo.

E isto meus caros, não são fábricas de têxteis com capitais estrangeiros que batem à sola para procurar mão de obra barata. São portugueses que fecham, que deixam centenas e centenas de trabalhadores na miséria e passam-se para os “olhos em bico”, para continuarem a enriquecer.

As exportações não aumentaram por este facto, pois sendo nós os produtores e fornecedores da cortiça já trabalhada tinhamos as encomendas asseguradas.

Todavia, os senhores comendadores continuam a receber condecorações pelos serviços prestados à nação, enquanto a escumalha, olha meios parvos meios tontos pela fome que passam e sem forças nas mãos para baterem umas palmas mesmo fingidas.

53 comentários:

São disse...

Saio daqui com a boca a saber a papéis de música. Mas que país é este, amigo?
Um abraço fraterno.

Unknown disse...

Tudo quanto afirmou é a verdade nua e crua para quem quer ver.
O problema é ainda mais profundo é que eles os chinocas daqui a meia dúzia de anos controlam todo o comércio e vão ser eles a mandar nos preços. Aí quando acordarem já é tarde, pois já desmantelaram as fábricas e os operários especializados já morreram ou estão reformados.
Estes políticos ainda não viram que a única riqueza do nosso país é o trabalho.
Sem trabalho as pessoas morrem à fome e não entram impostos para o estado nem segurança social que ainda vai garantindo algumas prestações.

Zé do Cão disse...

No tempo do "Botas", a Argentina quis fazer o mesmo.
Foi-lhe negado.
E o que mais nos acontecerá?

abraço

Zé do Cão disse...

Luis Coelho

Entre prédios lá está o "Campus do Benfica" onde antes era a C.G. Wicander, com uma linda vista para o Barreiro e Lisboa.
E o País ficou mas pobre.

Parisiense disse...

O país está cada vez mais pobre de tudo.....sobretudo de bons governantes.

Lembro-me que quando estava em França " Roschilde" só punha rolhas de cortiça portugues nas suas garrafas de excelente vinho.....e Portugal era o país numero 1 em boa cortiça......
Mas agora nem os vinhos portugueses metem mais rolhas de cortiça.....e eu recuso-me a beber vinho em que a garrafa não venha com rolha de cortiça.
Pelo menos tento fazer algo pelo país.

Os grandes monopólios foram sempre prejudiciais para qualquer sociedade.....mas parece que isso em Portugal era no tempo de "Salazar".....agora não!!!!

Beijokitas Zé

Anónimo disse...

Uma perfeita descrição das metamorfoses do capitalismo. Mas não é isso que querem?

XL

Zé do Cão disse...

Parisiense

Em relação a esta industria, sinceramente não entendo absolutamente nada.
Até o "Patriota Berard" já mete rolhas de borracha nas suas garrafas.
Mas...a cortiça tem um mundo tão vasto de produtos (até existem cartões de visita),que resiste a tudo.
beijokitas

Zé do Cão disse...

Anónimo
que sei eu de capitalismo, comunismo ou os raio que os partam.
Não seria possível, viver em paz e harmonia entre os povos, respeitarmos e sermos respeitados. Ganhar o pão com o suor do rosto, ganhar o justo para viver e sermos felizes... É pedir muito?
abraço

Milu disse...

Olá Zé

Ainda não consegui perceber o fenómeno "China", isto é, como se pode manter relações comerciais com um país que não tem de suportar todos os custos sociais que caracterizam as sociedades modernas. É certo que aquele enorme país e os seus habitantes que mais parecem formigas são um mercado apetecível, mas é preciso ver que no horizonte da China não estão salvaguardadas as intenções de equilibrar as exportações com as importações por muito tempo. Um dia destes a China transformar-se-
á numa autónoma e super-potência, pouco mais nos nos restará que não seja trabalharmos para os chineses. E como eles não conhecem feriados, fins-de-semana, nem horários... Cruzes, canhoto! Longe vá o agoiro!...

Zé do Cão disse...

Milu
Efectivamente é o meu pensamento. Não há qualquer recanto do mundo que não tenha presença de chineses. Aliás o governo chinês subsidio essas presenças. Primeiro porque se livram deles e depois porque vendem os seus produtos. A seguir a grande maioria dos grandes empresas de electrodomésticos, etc, etc, mandam fazer na China os seus produtos. Exemplifico "Phillips". E na Africa até já há um país onde eles tem escolas para ensinar chinês.
E nós portugueses, vestimos roupa comprada nas lojas dos chineses, na Zara etc, etc..
Tenho conhecimento directo de um comerciante que ia à China vender determinado produto Um chinoca,(comprador)com desejo de visitar Portugal e o seu desenvolvimento (?) dava-lhe dólares lá, para que ele depois, de cá, fizesse um convite para ele fazer a tal visita com tudo pago (aparentemente)dado o dinheiro ser dele. Assim ele podia justificar ao governo chinês que não trazia divisas e ser-lhe-ia autorizado a saída.
O que ele queria afinal era visitar, copiar tudo quanto via e depois montou o negócio lá, mandado o nosso compatriota às urtigas depois de estar servido.
Cá para mim o governo chinês estava metido em toda esta tramóia.
Enfim, como em tudo, entre mortos e feridos alguém há-de escapar, para dar continuidade à espécie.
Obrigado pela visita
jinhos

Anónimo disse...

Vim - ainda bem que vim - através da São e também me vou com sabor amargo.

LUIZ

Zé do Cão disse...

Anónimo

Acho que todos andamos com sabor amargo.
obrigado pela visita

Anónimo disse...

Pois é meu caro Zé, tire o cavalinho da chuva, porque o mundo fraterno que idealiza, não pode existir enquanto houver PROPRIEDADE PRIVADA. (.. mais uma barbaridade radicaloide não é?)
“Quantos pobres são necessários para fazer um rico?”
Não foi nenhum comunista que disse, foi Almeida Garrett .

XL

Zé do Cão disse...

Sim, sim tem toda a razão.
Nestes pequenos textos que fazemos aqui não chega para podermos desabafar nem o que nos vai na alma, nem o que o coração nos dita.
A ambição desmedida, a ganancia e a sua aliada maldade tem desgraçado este pequenito País.
Pela minha parte já perdi todas as esperanças num Mundo melhor, poucos anos me restam de vida...

gostei da sua presença e espero que não deixe de aparecer
Abraço

Osvaldo disse...

Caro Zé;

Estou cansado de levar "porrada" cada vez que falo mal dos nossos políticos e suas polítiquices...

O que está a contecer não é novo, não tem "lados" porque é protegido por partidos ditos da esquerda, do centro e da direita (não sei se há mais lados), talvez só se forem de cima e de baixo, mas certamente que um dia esta bosta vai explodir e emerdar tudo o que é Zé Povo... pena é que as moscas que hoje se aproveitam, tem asas e vão emerdar para outras merdas.

Grande abraço, amigo Zé.
Osvaldo

Zé do Cão disse...

Osvaldo

Eu chego a pensar que deve haver uma razão muito valida e forte para aquela autorização. Mas...Ao menos expliquem-na.
Ou será com o intuito de proteger os Amorins e abastecerem a sua fábrica afastando os outros concorrentes portugueses, já que na actual conformidade, aqueles ficam com a exclusividade dos trabalhos no Oriente?

Então e os outros portugueses?
Os industriais, os trabalhadores?

Que mais poderei dizer?


Abraço, amigo

Oliver Pickwick disse...

Compreendo perfeitamente a sua desilusão, Zé! De fato é um retrocesso deixar de exportar manufaturados para exportar commodities.
Acho que a maioria dos governos do mundo - inclusive, o daqui - tornam-se mais incompetentes com o passar dos anos.
Quanto à uva "mijona", essa eu não conheço.
E, minha mãe tem "Amorim" no sobrenome, vou reclamar a minha parte. :)
Um abraço!

Zé do Cão disse...

Acho que os governantes de certos países comem as papas na cabeça dos nativos.
Ou então estamos todos doidos.
Sobre a "uva mijona", vê-se logo que não calcorreaste a meninice entre cêpas, arvoredos de maças roscadinhas, ginjas e cerejas vermelhinhas, peras e ameixas a fazer tentação às glândulas salivares.
Quando das vindimas, encontramos ás vezes uvas, já meias murchas cujo sabor já não tem requinte. Em principio são vendidas mais baratas e mesmo assim ninguém as quer, só por lapso. São elas as "uvas mijonas".

Pascoalita disse...

Olá, Amigo Zé :)*

Só sei que aos poucos, os (des)governantes deste país conseguiram acabar com tudo o que o "Zé" aprendeu a fazer durante décadas!

Deram-se subsídios para arrancar árvores que demoram dezenas de anos a formar-se, acabou-se com vinhas e olivais, condicionou-se o pastorio, restringiu-se a pesca, etc.

Dentro de uma ou duas décadas, acabando a geração que teimosamente ainda vai produzindo, Portugal tornar-se-a um COVIL de malandros.

A cortiça é só uma das riquezas que tristemente vemos liquidar. Aliás, parte do nosso Alentejo já não é dos portugueses.

É tão triste que até agonia :(

Um beijo

Zé do Cão disse...

E depois de tudo o que contei.
E as dezenas de camionetas de cortiça roubado em montado numa só noite e que ninguém conseguiu descobrir ainda.
Eu não acredito em bruxas, mas que elas existem existem?.
Calculas quanto demora a carregar uma camioneta cheio de cortiça?
E se forem 20 quantas horas demoram.
E para serem rápidos, quantos homens são necessários?
Pois isto aconteceu em Portugal, amiga e nem a PJ descobriu. ou Descobriu e não quis descobrir, quando não ficavam destapados.
jinhos, muitos

Laura disse...

Zezito, ai, ai e tens toda a razão, sou sempre pelo Povo para que haja emprego, um lar, educação, mas o Povo é culpado do cala e consente e fazem de conta...por vezes fazem greves que nem interessam, ams quando faz falta, calam-se e choram...e nem lhes vale de nada.. Os chinocas é que são espertos..quem autorizou essa das corticeiras fecharem? de deixar os chinocas fazerem o que querem? pois, mamam por trás esses sacanas e os pobres e os simples é que pagam..vá lá, estamos rodeados de escumalha no governo, essa é que é essa...
Gostei de te ler filho da mãe Júlia... aquele apertadinho abraço da laura

Anónimo disse...

8 Fevereiro, 2009

Duas empresas da Corticeira Amorim, em Santa Maria da Feira, que fabricam rolhas e aglomerados compósitos, vão iniciar um processo de despedimento colectivo envolvendo quase 200 trabalhadores. O Grupo Amorim, que é líder mundial do sector corticeiro, justifica os despedimentos com a crise económico-financeira mundial e a queda nas exportações, mas os trabalhadores acham que a empresa está a aproveitar-se da situação para reduzir mão-de-obra e aumentar os lucros. Os trabalhadores marcaram uma vigília para o dia 7, em defesa dos seus postos de trabalho.

http://www.jornalmudardevida.net/?p=1435


“Mozelos, 03 de Agosto de 2010 – A CORTICEIRA AMORIM registou um forte aumento do seu Resultado Líquido do primeiro semestre de 2010 para 11,60 Milhões de Euros, face aos €-3,49 M registados no mesmo período de 2009. “

http://www.amorim.com/xms/files/CorticeiraAmorim/Relacao_com_Investidores/Comunicados/CASGPS01S10P.pdf

A CRISE NÃO É IGUAL PARA TODOS
Os governantes não governam para todos, governam para os da sua classe e quem se lixa é o mexilhão

XL

Zé do Cão disse...

Meu caro anónimo

Ainda antes deste caso e logo no principio da crise, eles mandaram 200 embora, "porque se acaso"...
Está a ver o filme.
O povo esquece rápido. E aquela da mama da Segurança Social, com empregos de formação, que não eram mais do transferências de um lado para outro, que um contabilista denunciou na Cort.
Amorim. Em que ficou 0.

Eu acho que os governantes não eram daquela classe, mas a apetência e a ânsia de serem iguais
é que os leva ao sítio.
Sócrates, que fazia? Projectos de casas tortas para os amigos. etc etc.
Se vamos estender o rol, não acabava mais...
Eu já li em qualquer lado que o "Zé faz falta". E faz mesmo falta?
ou já recebe prendinhas de empresas camarárias falidas?
Um abraço, Anónimo
pelo que vejo mexilhão como eu.

Zé do Cão disse...

Laurinha

Afinal sempre conheces mais Zé Maneis...
Ou não?
Quando almoçamos outra vez? Quando este pessoal bom, faz novo almoço. Esquecem-se de que nós comemos todos os dias, ou acham que fazemos jejum?
Abraço

Kim disse...

E sabes o que é que vai acontecer um dia?
O poderio dos chineses será de tal ordem que vão dominar a economia mundial e aí estaremos nas mãos deles e sujeitos aos preços que eles quiserem.
Grande abraço Zé

Zé do Cão disse...

Kim, se for só isso.
Mas eu acho que já estamos a ficar com os olhos em bico e qualquer dia nem abrimos o bico.

Agora que a coisa está preta, lá isso está



abraço

Anónimo disse...

Qual é diferença entre imperialistas americanos ou chineses?
Uns têm os olhos em bico e outros não?
Cumprimentos de mexilhão

XL

Zé do Cão disse...

Anónimo

Os outros estão a ficar com os olhos em bico, já que nos têm colocado também a nós os olhos em brasa.

abraço

mexilhão? agora ia uma pratalhada deles, mas da Galliza.

Laura disse...

Zézito, se tens assim tanto apetite, fala com o nosso Mestre Kim ou o Osvaldo...
eu cá por mim alinho e quanto mais perto, melhor...

Até pode ser em braga, faço os meus pratos destalo (o Kim já provou o caril e adorou, depois de chegar a casa mandou coment e disse; laurinha, se um dia abrir um restaurante, vou lembrar-me de ti)não sou má cozinheira, preciso é dos ingredientes à mão.
Beijinhos e...faço ameijoas à minha moda, deliciosas para comer em pratos de sopa, molhinho avantajado, delicioso...
laura

Zé do Cão disse...

Laurinha
Não se trata de apetite, ou de outra maneira apetite de convívio.

Que bem soube o de S. João do Estoril, simples de tudo, mas requintado na amizade.
beijokitas

São disse...

Meu amigo, passo para te desejar bom fim de semana e te abraçar.

Zé do Cão disse...

São

Reconhecidamente agradecido.
Espero que a esse rosto o sorriso volte depressa e a boa disposição bata a essa porta

jokitas

Dona Sra. Urtigão disse...

Triste quadro este.
está havendo aqui, na região norte - Amazonia - um projeto diferenciado que agrega valor a borracha de seringueira, com tecnicas artezanais e inovadoras que vem promovendo a fixação do caboclo a terra, com bom acrescimo de renda. Mas não veio do governo. esperar que (des) governos façam algo, só nos leva à ruína. Criatividade e terceiro setor, tem sido a solução.

Zé do Cão disse...

Dona Sra Urtigão

Como é possível lutar contra os (des)governos aliados dos poderosos.
A criatividade dos industriais mais pequenos, foram postos à prova e criando coisas novas e novos mercados, lá vêm os "abutres" que são sempre os mesmos, com a conivência dos (des) e lá se vai tudo por água a baixo.
Não descansam enquanto os pequenos não forem extintos.

Volte sempre, minhas amiga

Anónimo disse...

Meu caro Zé, os grandes não querem a extinção dos pequenos, porque sem pequenos não pode haver grandes.
E há outro problema; os grandes têm que ter algum controlo no aumento dos pequenos, porque se os pequenos se lembram de mijar todos ao mesmo tempo, os grandes podem morrer afogados, e foi por isso que criaram os médios.
Os médios são uma criação relativamente recente, que esticam e encolhem, para os grandes controlarem o jogo. Não são os mais importantes para a engorda dos grandes, mas tacticamente funcionam bem, como almofada amortecedora, como biombo, para tapar a desgraça que vai no outro lado da rua.
Isto só se endireita com uma mijadela colectiva. Não é no meio que está a virtude.

XL

Zé do Cão disse...

Anónimo

Meu amigo

Neste caso os pequenos não fazem nenhuma falta aos grandes. Absolutamente nenhuma. Mas nos outros casos concordo em absoluto.

Mariazita disse...

Zé, meu amigo
Infelizmente estás coberto de razão!
Alguém já disse, com o que concordo, que se está a dar corda a mais à China; dentro de alguns anos a Europa vai pagar caro as habilidades de agora investir lá.
Oxalá eu me enganasse...mas vejo o futuro muito negro. E quem vai sentir ainda mais na pele são os nossos netos, coitados!

Entretanto, eu vou de férias, para desanuviar. Aproveitar enquanto se pode :))) Quem sabe para o ano como estarão as coisas???

Beijinhos, amigo. Tudo de bom por cá. Até Setembro

Anónimo disse...

JAIME CORTESÃO
Os Descobrimentos Portugueses – volume I (paginas 43, 44)

“Na China a organização política era bem diferente. Aí encontraram os europeus um povo, cuja vida económica e organização social excediam as do Ocidente. O desenvolvimento enorme do urbanismo chinês, na base de uma agricultura, de uma indústria e de um comércio florescentíssimos, sem comparação na História até aquela data, haviam, durante o século XI, levado o Celeste Império a uma fase de evolução social, que só passados oito séculos se depara na Europa. Um reformador chinês, Wang Ngan-Chi, que viveu de 1021 a 1086, chegou a pôr em prática uma série de medidas de carácter socialista. Durante o seu governo o Estado tornou-se o único comprador e vendedor dos produtos de primeira necessidade, que cedia sem benefício; distribuiu pelos pobres as terras incultas e os grãos para as semear; instituiu o imposto sobre o rendimento e o crédito agrícola e comercial; e, em resumo, procurou nivelar o mais possível as classes sociais. Este ousado reformador era também um racionalista, não menos audacioso, no que se mostrava o representante da grande corrente nacional chinesa, - a confuncionista – mais propriamente filosófica e moral que religiosa. As invasões mongóis e o domínio dos imperadores tártaros vieram interromper esta evolução por largo tempo, pois só em meados do século XIV, a China conseguia expulsar a dinastia intrusa e regressar à pureza das tradições nacionais,
Quando os portugueses, no primeiro quartel do século de Quinhentos, chegaram aos portos da China Meridional, estava o Celeste Império em pleno período da dinastia dos Ming, que se prolongou desde os meados do século XIV aos meados do século XVII. Liberta do jugo tártaro, a China atravessa uma fase de ensimesmação cultural e política, e, como consequência, de desconfiança em relação aos estrangeiros. Este facto explica em boa parte a sua atitude entre hostil e desdenhosa para com os portugueses. Não era xenofobia, que só mais tarde apareceu com a dinastia Manchu, nem tão pouco a intolerância religiosa, impossível num povo que não professa qualquer espécie de credo nacional dogmático, e, por isso mesmo, não tinha casta sacerdotal. Mas o ressentimento provocado pela demorada ocupação inimiga e a consciência da sua superioridade cultural sobre os demais povos asiáticos tinham provocado entre os chineses, uma certa tendência ao isolamento e à imobilidade.
Durante esse período de grande tranquilidade, as artes industriais, maiormente as artes menores, voltaram a florescer. Foi sob a dinastia dos Ming que a cerâmica chinesa e a arte do mobiliário e do bibelô atingiram o apogeu. As porcelanas, as lacas esculpidas, os bronzes cinzelados, os jades e os esmaltes alcançaram então uma perfeição incomparável.
Eis o povo, fortemente evoluído, de espírito racionalista e prático, culto e amigo das ciências, havendo atingido na literatura e nas artes uma elevadíssima expressão, e possuindo uma forte consciência da sua coesão e grandeza, que os portugueses iam conhecer logo após a tomada de Malaca.”




Ai a superioridade ocidental!?

XL

Anónimo disse...

JAIME CORTESÃO
Os Descobrimentos Portugueses – volume I (paginas 43, 44)

“Na China a organização política era bem diferente. Aí encontraram os europeus um povo, cuja vida económica e organização social excediam as do Ocidente. O desenvolvimento enorme do urbanismo chinês, na base de uma agricultura, de uma indústria e de um comércio florescentíssimos, sem comparação na História até aquela data, haviam, durante o século XI, levado o Celeste Império a uma fase de evolução social, que só passados oito séculos se depara na Europa. Um reformador chinês, Wang Ngan-Chi, que viveu de 1021 a 1086, chegou a pôr em prática uma série de medidas de carácter socialista. Durante o seu governo o Estado tornou-se o único comprador e vendedor dos produtos de primeira necessidade, que cedia sem benefício; distribuiu pelos pobres as terras incultas e os grãos para as semear; instituiu o imposto sobre o rendimento e o crédito agrícola e comercial; e, em resumo, procurou nivelar o mais possível as classes sociais. Este ousado reformador era também um racionalista, não menos audacioso, no que se mostrava o representante da grande corrente nacional chinesa, - a confuncionista – mais propriamente filosófica e moral que religiosa. As invasões mongóis e o domínio dos imperadores tártaros vieram interromper esta evolução por largo tempo, pois só em meados do século XIV, a China conseguia expulsar a dinastia intrusa e regressar à pureza das tradições nacionais,
Quando os portugueses, no primeiro quartel do século de Quinhentos, chegaram aos portos da China Meridional, estava o Celeste Império em pleno período da dinastia dos Ming, que se prolongou desde os meados do século XIV aos meados do século XVII. Liberta do jugo tártaro, a China atravessa uma fase de ensimesmação cultural e política, e, como consequência, de desconfiança em relação aos estrangeiros. Este facto explica em boa parte a sua atitude entre hostil e desdenhosa para com os portugueses. Não era xenofobia, que só mais tarde apareceu com a dinastia Manchu, nem tão pouco a intolerância religiosa, impossível num povo que não professa qualquer espécie de credo nacional dogmático, e, por isso mesmo, não tinha casta sacerdotal. Mas o ressentimento provocado pela demorada ocupação inimiga e a consciência da sua superioridade cultural sobre os demais povos asiáticos tinham provocado entre os chineses, uma certa tendência ao isolamento e à imobilidade.
Durante esse período de grande tranquilidade, as artes industriais, maiormente as artes menores, voltaram a florescer. Foi sob a dinastia dos Ming que a cerâmica chinesa e a arte do mobiliário e do bibelô atingiram o apogeu. As porcelanas, as lacas esculpidas, os bronzes cinzelados, os jades e os esmaltes alcançaram então uma perfeição incomparável.
Eis o povo, fortemente evoluído, de espírito racionalista e prático, culto e amigo das ciências, havendo atingido na literatura e nas artes uma elevadíssima expressão, e possuindo uma forte consciência da sua coesão e grandeza, que os portugueses iam conhecer logo após a tomada de Malaca.”




Ai a superioridade ocidental!?

XL

Anónimo disse...

JAIME CORTESÃO
Os Descobrimentos Portugueses – volume I (paginas 43, 44)



“Na China a organização política era bem diferente. Aí encontraram os europeus um povo, cuja vida económica e organização social excediam as do Ocidente. O desenvolvimento enorme do urbanismo chinês, na base de uma agricultura, de uma indústria e de um comércio florescentíssimos, sem comparação na História até aquela data, haviam, durante o século XI, levado o Celeste Império a uma fase de evolução social, que só passados oito séculos se depara na Europa. Um reformador chinês, Wang Ngan-Chi, que viveu de 1021 a 1086, chegou a pôr em prática uma série de medidas de carácter socialista. Durante o seu governo o Estado tornou-se o único comprador e vendedor dos produtos de primeira necessidade, que cedia sem benefício; distribuiu pelos pobres as terras incultas e os grãos para as semear; instituiu o imposto sobre o rendimento e o crédito agrícola e comercial; e, em resumo, procurou nivelar o mais possível as classes sociais. Este ousado reformador era também um racionalista, não menos audacioso, no que se mostrava o representante da grande corrente nacional chinesa, - a confuncionista – mais propriamente filosófica e moral que religiosa. As invasões mongóis e o domínio dos imperadores tártaros vieram interromper esta evolução por largo tempo, pois só em meados do século XIV, a China conseguia expulsar a dinastia intrusa e regressar à pureza das tradições nacionais,
Quando os portugueses, no primeiro quartel do século de Quinhentos, chegaram aos portos da China Meridional, estava o Celeste Império em pleno período da dinastia dos Ming, que se prolongou desde os meados do século XIV aos meados do século XVII. Liberta do jugo tártaro, a China atravessa uma fase de ensimesmação cultural e política, e, como consequência, de desconfiança em relação aos estrangeiros. Este facto explica em boa parte a sua atitude entre hostil e desdenhosa para com os portugueses. Não era xenofobia, que só mais tarde apareceu com a dinastia Manchu, nem tão pouco a intolerância religiosa, impossível num povo que não professa qualquer espécie de credo nacional dogmático, e, por isso mesmo, não tinha casta sacerdotal. Mas o ressentimento provocado pela demorada ocupação inimiga e a consciência da sua superioridade cultural sobre os demais povos asiáticos tinham provocado entre os chineses, uma certa tendência ao isolamento e à imobilidade.
Durante esse período de grande tranquilidade, as artes industriais, maiormente as artes menores, voltaram a florescer. Foi sob a dinastia dos Ming que a cerâmica chinesa e a arte do mobiliário e do bibelô atingiram o apogeu. As porcelanas, as lacas esculpidas, os bronzes cinzelados, os jades e os esmaltes alcançaram então uma perfeição incomparável.
Eis o povo, fortemente evoluído, de espírito racionalista e prático, culto e amigo das ciências, havendo atingido na literatura e nas artes uma elevadíssima expressão, e possuindo uma forte consciência da sua coesão e grandeza, que os portugueses iam conhecer logo após a tomada de Malaca.”




Ai a superioridade ocidental!?
XL

Anónimo disse...

JAIME CORTESÃO
Os Descobrimentos Portugueses – volume I (paginas 43, 44)



“Na China a organização política era bem diferente. Aí encontraram os europeus um povo, cuja vida económica e organização social excediam as do Ocidente. O desenvolvimento enorme do urbanismo chinês, na base de uma agricultura, de uma indústria e de um comércio florescentíssimos, sem comparação na História até aquela data, haviam, durante o século XI, levado o Celeste Império a uma fase de evolução social, que só passados oito séculos se depara na Europa. Um reformador chinês, Wang Ngan-Chi, que viveu de 1021 a 1086, chegou a pôr em prática uma série de medidas de carácter socialista. Durante o seu governo o Estado tornou-se o único comprador e vendedor dos produtos de primeira necessidade, que cedia sem benefício; distribuiu pelos pobres as terras incultas e os grãos para as semear; instituiu o imposto sobre o rendimento e o crédito agrícola e comercial; e, em resumo, procurou nivelar o mais possível as classes sociais. Este ousado reformador era também um racionalista, não menos audacioso, no que se mostrava o representante da grande corrente nacional chinesa, - a confuncionista – mais propriamente filosófica e moral que religiosa. As invasões mongóis e o domínio dos imperadores tártaros vieram interromper esta evolução por largo tempo, pois só em meados do século XIV, a China conseguia expulsar a dinastia intrusa e regressar à pureza das tradições nacionais,
Quando os portugueses, no primeiro quartel do século de Quinhentos, chegaram aos portos da China Meridional, estava o Celeste Império em pleno período da dinastia dos Ming, que se prolongou desde os meados do século XIV aos meados do século XVII. Liberta do jugo tártaro, a China atravessa uma fase de ensimesmação cultural e política, e, como consequência, de desconfiança em relação aos estrangeiros. Este facto explica em boa parte a sua atitude entre hostil e desdenhosa para com os portugueses. Não era xenofobia, que só mais tarde apareceu com a dinastia Manchu, nem tão pouco a intolerância religiosa, impossível num povo que não professa qualquer espécie de credo nacional dogmático, e, por isso mesmo, não tinha casta sacerdotal. Mas o ressentimento provocado pela demorada ocupação inimiga e a consciência da sua superioridade cultural sobre os demais povos asiáticos tinham provocado entre os chineses, uma certa tendência ao isolamento e à imobilidade.
Durante esse período de grande tranquilidade, as artes industriais, maiormente as artes menores, voltaram a florescer. Foi sob a dinastia dos Ming que a cerâmica chinesa e a arte do mobiliário e do bibelô atingiram o apogeu. As porcelanas, as lacas esculpidas, os bronzes cinzelados, os jades e os esmaltes alcançaram então uma perfeição incomparável.
Eis o povo, fortemente evoluído, de espírito racionalista e prático, culto e amigo das ciências, havendo atingido na literatura e nas artes uma elevadíssima expressão, e possuindo uma forte consciência da sua coesão e grandeza, que os portugueses iam conhecer logo após a tomada de Malaca.”




Ai a superioridade ocidental!?
XL

xico luis disse...

Peço desculpa pelas repetições.
Confesso que não percebo nada disto

XL

Zé do Cão disse...

Mariazta

A Europa pagará por todos os erros cometidos, aliás já está a pagar.
De outra maneira, a Europa paga e pagará porque os dirigentes de toda a Europa não chegam aos calcanhares dos DIRIGENTES chineses.
Os ciclos repetem-se, porque a imaginação não dá para mais. Cá é a "Boa vai ela" :-: Alves dos Reis, Oliveira e Costa

Boaas férias

Zé do Cão disse...

Xico Luiz
Naquela altura ainda não se pensava na segurança social.
E só aqui que nos batem a palma de preços mais baixos? Quando começaram a encher o mundo dos seus produtos eram de má qualidade, já que industrialmente estavam um pouco mais atrasados. Neste momento a maioria dos seus produtos são tão bons como o dos outros e até lhes batem. Colocaram-se em todos os recantos do mundo e os seus produtos chegam a toda a parte. Não é isto organização, inteligência?
Por aqui me fico.
Quanto ás repetições, também as faço, esta coisa chegou já tarde de mais para mim e a minha "camioneta" quando trabalha já deita areia para o chão por todos os lados.


abraço

Cida disse...

Oi amigo!

Estou de volta à blogosfera, e vim te agradecer o carinho deixado lá no meu mosaicos.

Parabéns pelo texto, e aceite um grande abraço.

Daqui de além mar,

Cid@

Anónimo disse...

Good dispatch and this fill someone in on helped me alot in my college assignement. Gratefulness you seeking your information.

Zé do Cão disse...

Cida

que carinhosa

abraço

Capitão Merda disse...

E a "coisa" tende a piorar, Zé!

Abraço

Zé do Cão disse...

Capitão
Grande Amigo

Acabo de saber agora esta. Há anos foi criado pelo Ministério da Seg. Social, um bonus por 3 anos de isenção de descontos para a Segurança Social, aos trabalhadores de primeiro emprego. Note-se que era exclusivamente para a entidade patronal e tinha de entregar o contrato de trabalho atestando que era emprego efectivo.
Os espertos (patrões) fazem os contratos, depois em dado altura chateiam até que os desgraçados vão embora, para meterem outros com as mesmas isenções e assim sucessivamente, sem que alguém fiscalize a teia.
Irra, acho que isto já é demais.
Quando é que há novo 25/4?
Abraço

Anónimo disse...

Só esulta se for um 31 de Abril.

XL

Anónimo disse...

Só esulta se for um 31 de Abril.

XL

Anónimo disse...

resulta

xl

Anónimo disse...

É PARA O FADO NACIONAL
PARA O PAGODE E PARA O BANZÉ
COMO ESTE NÃO HÁ NENHUM
TUDO BATE EM PORTUGAL
Ó LA RI LÓ PISTARECO O FADO DO 31

À PORTA DA BRASILEIRA
DOIS TIPOS ENCONTRAM DOIS
JUNTAM-SE OS QUATRO E DEPOIS
LÁ COMEÇA A CAVAQUEIRA
AGRAVA-SE A CHINFRINEIRA
VAI AUMENTANDO O ZUM ZUM
VEM BOMBA ARREBENTA E PUM
DEPOIS MAIS TARDE VEREIS
24 , 26, 29 E 31 ... AI !!!

Ó LA RI LÓ LE LA
COMO ESTE NÃO HÁ NENHUM
TUDO BATE EM PORTUGAL
O FADO DO 31

UM HOMEM QUE QUER SARILHOS
POR UM MOTIVO QUALQUER
DISCUTE COM A MULHER
E DÁ PORRADA NOS FILHOS
A SOGRA NOS MESMOS TRILHOS
PARA NÃO FICAR EM JEJUM
LEVA TAMBÉM UM FARTUM
DESATA TUDO AO BISCOITO 24, 28 29 e 31

JÁ DE MANHÃ OS TACHADOS
BEBEM VINHO DA BOTIJA
VIRAM DOIS COPOS DE RIJA
DE QUATRO EM DOIS SEPARADOS
E ASSIM BEM ENGRAXADOS
PARA NÃO FICAR EM JEJUM
MAMAM DOIS COPOS DE RUM
VEM CARCAVELOS E PORTO
E DEPOIS ESTÁ TUDO TORTO
E REBENTA O 31


XL