26.8.12




Há cerca de um mês que recebi a visita de familiares que vivem em Tarragona - Espanha, e não tenho poupado esforços no sentido de lhe mostrar coisas boas que ainda por cá temos. Lamenta-mo-nos ambos
pelas dificuldades que atravessamos na Península e temos a mesma opinião sobre a forma como tudo isto vai acabar.
É que, se de um lado faz chuva, do outro além da chuva o vento também é muito forte, soprando sempre para o mesmo lado. Para o lado dos desprotegidos e daqueles que pagam sempre os erros das governantes, desgovernados, mas que ficam sempre bem governados. Deus iluminou-os, e como sempre foi o povo que ficou às escuras.
Passos Coelho, disse e confirmou que os estudos e cursos de novas oportunidades eram uma treta e se gastava dinheiro inutilmente. Daí, um senhor ministro que não era licenciado em coisa nenhuma resolveu apresentar documentação à Universidade Luzófana para através de equivalências acabar uma licenciatura de...sinceramente não sei quê. E resultou em cheio, o homem até tinha inaugurado há uma porrada de anos uma rua numa povoação do Concelho de Esposende, onde consta que o Sr. DR. Relvas, tal... e tal...  Já sei, já sei, foi como o curso de direito em que se enganou  no preenchimento de uma ficha. 
Para mal dos seus pecados, o Sr. Relvas, não obstante ter lutado tanto para ser Doutor, não é afinal Doutor de coisa nenhuma. É licenciado sim, pelos processos iguais ou ainda piores do que o Eng. Sócrates. E dou o exemplo. Um Dr. Advogado, é simplesmente Advogado, não é Dr. , tal como o médico, é apenas médico e assim sucessivamente. Doutor, aquele que se apresentou a fazer o Doutoramento e defendendo uma tese teve a sua aprovação. Portanto senhor Relvas, tire o cavalinho da chuva e vá fazer primeiramente o exame para ser Doutor de direito. Olhe, senhor Relvas, talvez seja uma boa oportunidade, defendendo a tese de  Presidente da Assembleia Geral de um Grupo Folclórico. E digo isto, porque como faz parte de um grupo folclórico a quem chamam (des)-governo...
Ainda não tinha dado um pulo ao Bombarral à quinta dos Loridos, para ver a tão falado obra de João Berardo. Com toda a franqueza, a obra, ainda não acabada tem aspectos faraónicos . A sua grandeza é avassaladora, não percebendo no entanto a vantagem que uma obra daquelas possa ter para os portugueses, dado a nossa religião, nada ter a ver com Budas ou Sarasvati. Espero que quando acabado, possa ter uma opinião diferente e a aprecie com outros olhos.
No entanto chamo a atenção do seu proprietário, para que se acautele, pois o que vi, foram muitas das estátuas serem vandalizadas, pelas visitas, pois no intuito de perpetuar a sua presença com fotografias, subiam a tudo que fosse estátua, danificando aquelas, havendo mesmo um "Buda" cujo dourado já se foi, e nem sequer eram só crianças.
Não obstante existirem por todo o lado, caixotes para lixo, os visitantes primavam pela falta de colaboração na sua utilização.


10 comentários:

rosa-branca disse...

Olá amigo, já sabia da existência da obra do Berardo através de uma amiga, que tem casa na Moita dos Ferreiros- Bombarral. Agora, a obra é maravilhosa, que eu vi algumas fotos. A mim pouco me diz, pois nada percebo de budismo. Pena que quem investe nestas obras, não invista em algo que nos diga alguma coisa. Para mim é negócio. Acho que é mais para atracção turística. Quanto aos licenciamentos é hilariante. Até eu estou a pensar em licenciar-me, mas vou fazer questão que seja a um dia feriado hehehe...ao Domingo não, pois tinha que pagar os direitos de autor...Beijos com muito carinho

São disse...

Alberto João Jardim, por quem não morro de amores e a quem acho que já deveria ter sido dada a independência da sua quinta (Madeira) à décadas, desta vez tem razão: tem direito a , pelo menos, quatro licenciaturas, su«im senhor!!

A obra de Berardo, enfim, é mais uma daquelas coisas à portuguesa: feita a meia haste, sem explicações nem nada que se pareça.

O civismo português é o que se sabe ecomo os exemplos que vêm de cima são os que são...

Um abraço grande, Amigo, com votos de que a Ibéria não morra da cura!

Zé do Cão disse...

Rosa- Branca

O Berardo, tem aqui em Azeitão na Quinta da Bacalhoa, uma amostra da sua obra, ou talvez outra.
Já que, aqui são colunas a lembrarem a Grécia, mas tem também uns guerreiros "mingues".
É também uma mistura que não entendo, mas pelo menos o vinho da "Bacalhoa" é bom. Valha-nos isso.
Beijo

Zé do Cão disse...

São.
o que me espantou foi a grandiosidade daquilo. E parece que ainda não vai a meio. No final trocam o talão de entrada por uma garrafa de JP - Bacalhoa. Ainda vamos ver, o Berardo a fazer concorrência a Fátima. Almocei no Restaurante que existe no « João Franco» - Sobreiro. Cozido à portuguesa, com preço do tempo das caravelas. Depois segui por montes e vales até à Quinta dos Loridos. Passei por sobral da Abelheira onde há anos tentei comprar lá uma quintinha, mas já nem lembro para quê. Foi giro, foi um domingo diferente. Serviu-me para lavar o espírito, lembrar passados...
o meu abraço

Pascoalita disse...


Visitei o "Jardim do Oriente" (assim chamado, creio) há mais de 1 ano e fiz o mesmo raciocínio ... muito gostam os portugas de copiar os outros", em vez de criar novo ou valorizar a prata da casa)

Pelos vistos, continua "obra inacabada"...

Bem, a imagem revela um certo colorido, já que à época, de flores nem sinal ... era um espalço semeado de figuras brancas gigantes e pouco mais.

Sobre os "canudos de doutor da mula russa" é o que já todos sabemos ... só a gente de bem se escandaliza.

De de resto, a vergonha era verde. Veio um burro e papou-a!!!

Importante é que continues a desfrutar de são convívio na companhia dos familiares.

Xi-coração

Zé do Cão disse...

Pascoalita

Quase que passei à tua porta. Talvez 500 metros, não? Ainda pensei em bater ao ferrolho, mas admiti que ainda não estarias penteada e portanto não o fiz. Batiam os carrilhões do convento e não havia lugar para estacionar.
Estavam de visita um enorme grupo de indianas e outro de chineses. Estavam incrédulos, com o que viam.
Nós que somos um país cristão, gostariamos de ver a senhora de Fátima ser pisada, assaltada, fotografada sem respeito?
Biquinhos





Pascoalita disse...

Sim, pelo que percebi, passaste a curtíssima distância do meu cortiço.

Claro que podias ter feito uma paragem e puxar o badal...

O portão está sempre escancarado, à rafeira Nikita resta apenas um dente ... apenas corrias o risco de "morrer de susto" se a "dona da casa" te aparecesse em trejes menores e de juba selvagem, a lembrar o Albert Einstein ou a Maluquinha de Arroios eheheh

Continuação de boas passeatas

jinhos

Zé do Cão disse...

ahahah...

cada vez que me meto no carro, lembro-me de olhar para o ponteiro que indica a gasolina.
Nunca fiz esses reparos , mas agora são inevitáveis.
Deixas o portão escancarado? não tens medos dos ladrões? Toma cuidado, porque eles agridem, quer haja ou não, agluma coisa para roubar.
biquinhos

Elvira Carvalho disse...

Como sabe visitei o jardim à pouco. Disseram-me que aquele espaço nasceu como um grito de revolta pela destruição das milenáres estátuas destruídas pelos terroristas. Não sei se é ou não verdade. Tenho pena que não se encontrem junto das estátuas nenhumas explicações de quem representam. De resto gostei do jardim. Também não entendi muito bem a integração da nova parte, aquela espécie de parque Jurássico, com as aranhas gigantes e os dinossauros.Quanto ao civismo de quem o visita, apesar de nos ter sido dito que não eram permitidos piqueniques no jardim, vimos duas "senhoras" fazendo um nas margens do rio.
Quanto aos estudos do Relvas, a minha avó dizia que um burro carregado de livros é um doutor.
Quem sabe a avó dele lhe disse o mesmo, e ele acreditou?
Um abraço e bom fim de semana

rosa-branca disse...

Olá amigo, passei para saber como estás e se está tudo bem. Beijos com carinho