30.7.11

O Torna Viagem

Hoje, quem quiser comprar um torna-Viagem, desembolsa 4.700 €

Em Mil novecentos e setenta e dois, cá o moço, recebeu como oferta de um amigo, uma garrafa de Moscatel de Setúbal, alta, esguio, e cujo conteúdo era '/2 litro.
Torna-Viagem era o seu nome e era oriundo das Adegas de José Maria da Fonseca, que ainda hoje estão situadas em Vila Nogueira de Azeitão. Foi bebida sem qualquer cerimónia oficial, e fiquei encantado com o paladar daquele líquido "melaço" de fazer uma cura milagrosa a alguém que estivesse às portas da morte. Na altura, trabalhava por aquelas bandas e dei um pulo a comprar outra, ficando então a saber que a preciosidade custava duzentos escudos. Era um preço elevado para a época, mas mal ela estava acabada, substituía por outra. Só que, cada vez que voltava, o preço ia subindo. Até que desisti, não porque não tivesse a tentação de as adquirir, mas porque as minhas possibilidades não davam para tais luxos.
Quando via uma Torna-Viagem exposta, confirmava o seu preço e ia ficando extasiado.
Em Dois mil e cinco, o meu amigo Albano (personagem de alguns dos meus contos), ao ouvir da minha boca a historia do Torna-Viagem, foi comigo à rua dos Douradores na nossa Capital e comprou uma para juntar à enorme colecção de bebidas que tinha em sua casa. O seu preço naquela altura estava em oitocentos e cinquenta euros, fazendo a admiração dos outros clientes que assistiam a tal compra. Um mês depois estava vazia, pois para comemorar o nascimento de um neto, a dita foi "deitada abaixo". Calhou-me um cálice, já que estava presente ao acto.

o divino paladar

Nos séculos XVI e XVII, o vinho para comercializar era transportado em toneis de madeira que também serviam como lastro para navios ingleses e portugueses a caminho das Índias e Brasil.
Esse vinho passava longo tempo no mar, atravessando a linha do Equador e os Trópicos, em porões que atingiam temperaturas de 5o a 60 graus centígrados.
O excedente dessas remessas levados em consignação retornavam para as caves dos produtores, que logo perceberam ter nas mãos uma verdadeira preciosidade.
Ao serem abertos, os vinhos quase sempre estavam melhores do que antes de embarcar.
A saga das viagens parecia aprimorar a sua qualidade e aumentar sua complexidade.
Assim surgiu a lenda do Torna-Viagem. Um vinho generoso, fortificado, sedutor e raro.
O vinho Torna-Viagem simboliza os destinos do vinho-viajante, enquanto o tempo o torna ainda mais especial.
No ano Dois mil, o navio escola-Sagres (ex-Guanabara, da Armada Brasileira), comandado pelo capitão-de-fragata António Maia Dias, levou vinho Moscatel da safra de Mil novecentos e oitenta e quatro em barris, recreando todo o percurso da viagem de Pedro Alvares Cabral rumo a terras de Santa Cruz e os resultados foram excelentes. Existem nas Adegas de Azeitão 5 mil garrafas deste preciosas néctar, descansando no silêncio das caves, envelhecendo, ganhando qualidade que só o tempo incorpora aos grandes vinhos.
Talvez fique para a próxima geração da família. De qualquer forma, quem se deparar com uma garrafa destas no futuro não deve perder a oportunidade. Pode ser que nunca mais apareça outra igual

52 comentários:

Unknown disse...

Não conhecia esta expressão do Torna-Viagem, mas parece que foi excelente para conservar os bons vinhos.

Zé do Cão disse...

Meu amigo Luis
Claro que o nome foi-lhe dado, pelo facto de ser mesmo um Torna-viagem.
O excelente estabelecimento que tem uma a vender é "Tortas de Azeitão" na estrada nacional 10 junto a Coina e custa a bagatela de 4.700 €.
Na rua dos Douradores, cruzamento com a rua de Santa Justa, a garrafeira que lá existe, há 6 meses atrás tinha lá duas.
Não conheço mais sitio nenhum onde
possam haver.
Abraço

São disse...

Já conhecia a estória dos Torna-Viagem. Infelzimente nunca sequer provei...

Mas acho uma barbaridade e uma indecência alguém permitir-se gastar quase cinco mil euros numa garrafa de vinho, por excelente e raro que seja!!

Um abraço, amigo meu

Kim disse...

Amigo Zé
Nem conhecia a estória nem o vinho. Foram dois coelhos numa cajadada.
Com tantas coisas boas que há no mundo não me parece que seja um preço razoável para um comum mortal se perder. Mas acredito que seja um verdadeiro néctar.
Grande abraço

Laura disse...

O Moscatel de Setúbal, foste tu que mo deste a provar,nunca tinha bebido, sabia lá eu que era tão bommmmmmm ah, fiquei fã e quando estava em baixo ia logo botar um cálice e que bem me sabia, assim quando vou a Lisboa, lá venho de garrafa debaixo do braço, os amigos já sabem que é o meu preferido.

Lindo o nome de torna viagem, boa...

beijitos

laura

Zé do Cão disse...

São

Sinceramente tenho pena de não poder gastar os "carcanhóis" naquela preciosidade.
abraço

Zé do Cão disse...

Kim.
Confessa, não ia um Cálice?

Quem me dera ter uma...
abraço

Zé do Cão disse...

Laurinha

Mas o que te de, não tem nada a ver com este.
Este é para os magnatas... Nós somos pobrezitos, vai um roxo e já estamos contentes.

Beijos, minha amiga

Magia da Inês disse...

Olá, amigo!
Eu não teria coragem de tomar um vinho tão viajado!...
Beijinhos.
Brasil

Je Vois La Vie en Vert disse...

Caro amigo Zé,
Também não conhecia esta história, até porque sou uma ignorante em termo de bebidas alcoólicas porque não as bebo. Vou espreitar na garrafeira do Leo mas duvido que estejamos assim tão ricos ! E se eu a tivesse, vendia-a já ! Ia fazer uma bela viagem e bebia...água !
Também acho um exagero para um produto perecível. É como o caviar, eu nem acho saboroso !

Beijinhos
Verdinha

Cida disse...

Gostei de conhecer toda essa história!
:)

Quanto ao preço do tal vinho...
Valha-me Deus! Estou por aqui a calcular o valor de cada goladinha...
Será que vale mesmo a pena???

Mas, afinal, cada um gasta o seu dinheiro como lhe apraz, não é mesmo?

Agora, se me da licença, vou tomar o meu cálice de tinto português, pois essa história toda me deixou com a garganta seca...:))

Abraço,

Cid@

Mariazita disse...

Boa noite, Zé
Gostei muito de ler a história do vinho Torna-Viagem, que não conhecia. E também não conheço o vinho... :) Mas conheço Moscatel de Setúbal que é bem bom!
No dia a dia não bebo álcool, mas com determinadas comidas tem mesmo que se beber vinho. Gosto de tinto alentejano e verde branco. Mas confesso que me custa dar muito dinheiro por vinho que se bebe num ai :)

Bom final de domingo e boa semana. Beijinhos

Zé do Cão disse...

Magia
É caso para manter à porta segurança de metralhadora.
beijos minha amiga

Zé do Cão disse...

Verdinha

Confesse, gostava de provar?
Eu gostava de sentir aquele paladar...

Beijos

Zé do Cão disse...

Cida

Sabe a amiga que são as mesmas Adegas e produtor do famoso vinho, Tinto e Branco "Piriquita"

Pois é, são meus vizinhos...
ahahah!!!

Beijos

Zé do Cão disse...

Mariazita.

E o preço é só de uma garrafa de '/2 litro.
Nas "tortas de Azeitão", sentar-mos a comer uma torta, sabendo que ao nosso lado, ali na prateleira está uma garrafa do Moscatel mais famoso do Mundo e não lho podermos tocar, não é mesmo um desperdício?
Beijos minha amiga

Sandra disse...

"Amigos são flores...
Amigos são poemas...
Como flores, devem ser cultivadas com carinho e dedicação, para que as tempestades da vida não esfacelem suas pétalas e para que possamos ter seu perfume em todas as estações.
Como poemas, devem ser sentidos nas fibras mais sutis da alma, com respeito e gratidão, para que sejam a melodia risonha a embalar nossas horas em todos os períodos do ano".

VENHA NA CURIOSA BUSCAR SEU CARTÃO AMIGOS DO CORAÇÃO.
Lhe ofereço com muito carinho que nos temos um pelo outro...Amizades são vinculos super carinhosos entre os verdadeiros. AMIGOS, seja virtual e ou real.

Carinhosamente
Sandra

danadinho disse...

Bebi, há coisa de meio ano um omoscatel de setúbal que "escorregou lindamente". A minha mulher bebeu(é docinho, dizia)...e ficou zonza! Eu já a avisei que tudo quanto não for chá...tem grau...mas ela teima em me acompanhar...até no moscatel, diabo!!!!

Maria disse...

Amigo Zé
fiquei a saber mais uma curiosa história. O nome é giro. Falta provar uma gotinha.
Beijinho
Maria

Zé do Cão disse...

Maria
Ora aqui está uma mulher como eu gosto. Pode ser caro, pode mesmo ser uma fortuna, mas quem não gostaria de
provar coisa tão bela.
Nem que fosse só molhar os lábios, como se faz ao doentes.

Minha amiga, mil beijos

Zé do Cão disse...

Sandra
É bom ter o jardim florido
cumprimentos

Zé do Cão disse...

sanadinho
E não fui eu que fiz chegar ás tuas mãos a dita garrafa?


Abraço

São disse...

Zézinho, pois eu creio que mesmo que pudesse não o faria....embora, como sabes, eu goste de provar coisas assim boas...como o moscatel que generosamente me ofereceste e que, publicamente, agradeço de coração


Beijinhos.

Zé do Cão disse...

São

Eu não resistia à tentação, confesso.

Ontem quis saber algo sobre "Cherry Bom" também de José Maria da Fonseca, também uma delicia e disseram-me que já nem sequer fabricam. Licor de cereja, que era feito artesanalmente e a que chamavam licor da Avó. Que pena, era assim que eu brindava em minha casa para receber as visitas.
Também o licor de Ginja de Alcobaça feito pela "Abadia" já se foi, havendo um para substituir, também de Alcobaça, garrafa cónica de 4,5 dcl, a custar 60 €, que é bom.
O licor de Ginja de Óbidos não lhe chega aos calcanhares.
Enfm...tudo se vai e qualquer dia até nós.
Beijinhos, minha amiga

Pascoalita disse...

Caramba! Quem diria que essa preciosidade custa o meu salário de um mês?!!!

Sobre o conteúdo não posso opinar, nunca saboreei e acredito que nunca me p+assará na goela, mas olha que em termos de beleza, aquela garrafita que me ofereceste há tempos, que até tem o nome do meu Hortelão, é bem mais elegante eheheh e o sabor dessa pinga?!!! Hummm é uma delícia, pena que só já resta pouco mais de um cálice :(

Conheci a história desse "nectar" contada por ti, mas também já foi referida na TV.

jinhos

Pascoalita disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pascoalita disse...

Correcção:

Parece que só de olhar para a garrafa, fiquei com a vista turva e lenta de raciocínio eheheh

Equiparei o custo dessa preciosidade ao meu salário de 1 mês, mas baseei-me no preço que referiste custar em 2005! Pelos vistos, actualmente só ganho para pagar um cálice e tem de ser bem pequenino ahahahah

Zé do Cão disse...

Pascoalita

Já não nos viamos deste a Galiza. Já tenho saudades tuas.
Não queres vir almoçar cá para estes lados com o teu hortelão, no próximo sábado?
era giro!. oferecia-te a entrada nas Caves do José Maria da Fonseca, ias ver os toneis do Moscatel e tudo. Aonde está a "pomada" que falo por aqui.
Cá fico à espera da resposta...

biquinhos ( como os galegos)

Pascoalita disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Zé do Cão disse...

Pascoalita
Eu também estranhei, mas como os gajos agora remodelaram os Administradores da Caixa Geral de Depósitos, cheguei a pensar que tinhas sido investida.
Ao fazer aqui os comentários, estou a ver aqui na "pantalha" ao meu lado direito a fotografia do meu texto anterior. Eu dava aos gajos era isso..., mas o maior. ahahah...
Biquilhos, querida amiga

Cusca Endiabrada disse...

Cusca endiabrada chegando ... olhando ... lendo ... relendo ... e ... quase desmaiando!
Eu aqui num dilema, fazendo ginástica mental, hesitando se dou os últimos cêntimos da mesada ao tipo da bilheteira e vou até ao Estoril, apanhar sol, ou monto-me na cicla e fico-me pela em Algés, a praia dos pobres, e deparo-me com uma notícia destas?

Mas deste-me uma ideia (sabes que só tenho ideias brilhantes eheheh):

Da próxima vez que venhas a Lisboa, podias trazer uma garrafita de moscatel, igual à que deste à Pascoalita e à Laurinha ...

Ospois, eu meto-me no cacilheiro com ela e devolvo-ta do outro lado do Tejo, com sabor melhorado ihihihih

dentadinhas

Zé do Cão disse...

Cusca
ahahah...Tá combinado. Não falho. Queres já para a semana? É que para a semana vou a Lisboa.
Se quiseres também te leva uma "Piriquita" o que achas? ou Duas, uma branca e outra tinta.
Eu contento com a praia dos "tesos".
Já ouviste falar da praia do Alfeite, no rio Tejo? Fica mesmo frente ao Seixal. Tem lá um restaurante e tudo. Malta vai ai banhinho, anda ao sabor da corrente.
Se é a encher vai para o sitio onde nasci, se é a vazar e quando a corrente está no auge, vai disparado e em grande velocidade direito à base naval do Alfeite e ainda bate com a mona no submarino que custou uma data de massa e está parado que a troika não admite que gastem dinheiro inutil.
Entretanto ou nos soluços, come-se uns caracóis e sandes de chouriço que é o que lá vendem. A praia é bonita e muito concorrida e na vazante, como todas as terras ribeirinhas ainda não têm estação de tratamentos dos esgotos, vai-se fazendo apostos para ver quem a povoação que tem o "cagalhote" mais veloz (lembras.te do Spid Gonzalez? era o rato mais rápido do México). A meta é no tal submarino. Quando batem lá com a cabeça é como se tivessem cortado a fita.

Cusquinha, tenho saudades tuas.

bjs

Laura disse...

Atã contem comigo nem que seja em pensamento,essa cusca é mesmo cusca do caneco...e eu quero ir também provar a um torna viagem...pode ser?

beijitos

laura

Laura disse...

Ó cusca nem foste ler o poema que o Javier dedicou á tua madrinha, olha vai lá dar umas das tuas bocas, mas, catraia, tento na lingua...

beijitos

laura

Zé do Cão disse...

Laurinha
De Torna-Viagem, só há o que ainda não está engarrafado e cujo preço será uma incógnita.

Do primeiro só há o que disse 3 garrafas, porque ninguém se enche com
coragem de as comprar.
Pudera a 4.700 € cada...
Bjs

Zé do Cão disse...

Laura

A cusca foi para banhos para a praia de algés, apanhar beatas com um pauzinho.
Nem sequer me responde há minha provocação.

bjs

Elvira Carvalho disse...

Não conhecia a história desses vinhos. Num ano em que o Manuel depois de muita luta conseguiu enfim o sonho de comprar na região de Palmela, uvas e fazer um vinho que ele dizia com graça que era uma pomada interna, um dia pouco depois do Natal mandou-me ao quartito onde tinha uma cartola e dois pipos com o precioso néctar ( e que ele chamava pomposamente a adega),para que lhe enchesse um garrafão. Eu teria talvez sete anos. Pus o funil no garrafão, e abria a torneira e sentei-me no chão. O cheiro da tal pomada era tão intenso que desmaiei, e quando ele acabou de falar com o vizinho e entrou na "adega" eu estava estendida no chão, toda ensopada em vinho pois a torneira estava aberta e o garrafão enchera à muito.
Levou muito tempo para ele esquecer o vinho derramado, mas não tanto quanto eu que ainda hoje não se pode colocar um copo com bebidas alcoólicas perto de mim sob pena de tonturas intensas e até desmaios.
Posto isto o preço dos vinhos ou a sua qualidade são coisas que apenas preocupam o marido ou o filho, mas posso assegurar que desse eles nunca beberam.
Um abraço e obrigada pela história deixada num dos meus blogues. Gostei muito.

Zé do Cão disse...

Elvira

Essa aventura também daria uma boa historia.
O meu pai era vinhateiro e tinha um seu irmão (meu tio evidentemente)que não gostava absolutamente nada de vinho tinto, branco, rosé ou aguardente, por cima do nariz. Fazia-lhe comichão em tudo quanto era corpo especialmente nas glândulas gustativas. Mas se fosse por baixo do nariz, então passava-lhe tudo e não se fazia rogado. Não sei se alguma vez entraste numa a adega assim com toneis de grande capacidade, que levam umas torneiras especiais que até parecem as torneiras dos carros dos bombeiros.
Como não tinha copo à mão, meteu a boca à torneira e aqui vai disto que era de graça.
Não fosse um colega trabalhador aparecer e acho que morria afogado.
Dizia muita vez que não se importava que cada litro de vinho custasse 10 contos (naquela altura), mas que por lei 1 litro devia ser igual à mesma quantidade que leva o mar da palha quando está cheio.
Eu gosto de boa pinga, mas com conta peso e medida
abraço

Cusca Endiabrada disse...

Hellooooooooo voltei!

Ora bolas! Vinha na esperança de encontrar a bilha aberta ...

Aposto que estás a guarda-la para uma data especial, quiçá a chegada dum neto ... acertei? ihihih

Mas eu contento-me com um cálice de licor, que na falta do tal "licor de cereja que dizes se chamavam licor da Avó (hummm devia ser bommmm) pode ser licor de tangerina, de alperce ou similar.

A madry Laury também vem? Ela que mostre os seus dotes culinários e nos presenteie, não? (eu só sei fazer cachorros e tostas ihihih)mas a pascoalita faz pasteis de bacalhau e outros petiscos.

dentadinhas

Zé do Cão disse...

Cusca
O licor chama-se "Cherry Bom" .chamavam-lhe licor da Avó nas próprias instalações do Jose Maria da Fonseca.
Nem fazes ideia, quanto era bom.
era cá uma doçura com gosto extraordinário. Que saudades que já tenho dele. Acho que tenho cá uma garrafita.
Mandei um mail à tua amiga, no sentido de também te trazer, se os teus pais autorizarem.
Beijinhos, minha querida

Elvira Carvalho disse...

Pois amigo nunca entrei em nenhuma adega. Já fui convidada há anos no Porto. Mas tive medo e não fui. Caramba o seu tio era um homem esponja? E o fígado aguentava?
Um abraço

Zé do Cão disse...

Elvira

Aguentou sim senhor, até ao dia em que já farto de ser maltratado pelo meu tio, pregou-lhe uma cirrose e o resultado foram os sinos tocarem a finados e num dia de chuva miudinha foi a enterrar.
Nunca casou, portanto não deixou ninguém a chorar por ele, nem mesmo os meus avós, dado já terem morrido antes. De 18 irmãos que tinha, na altura já só restavam 3 entre eles o meu pai, que pagou à funerária o serviço fúnebre.
Paz à sua alma...
o meu abraço

São disse...

Amigo, de bons néctares desaparecidos, também te posso falar de um delicioso licor de poejo comprado sob as arcadas de Évora... buááaá´buáá´

Um abraço grande

Zé do Cão disse...

Assim tão bom?
É uma pena que estas coisas desapareçam.
Já tenho saudade tuas.

beijos

Pascoalita disse...

O meu jogo de momento, o Dorfleben, está em actualização. Aproveitei a pausa forçada e passei por cá cver se havia post novo eheheh

Boa semana ...

jinhos

Zé do Cão disse...

Olha, olha, sei que tens mail novo, vindo do Brasil.

Amiguinha, Biquinhos

Anónimo disse...

então pá, é vira o disco e toca o mesmo?

Zé do Cão disse...

Pois é, Miguel.
Se eu tivesse que fazer tanto como tu, podia fazer um por dia.

O meu abraço

orquide@ disse...

aos apreciadores aos de coragens, aos colecionadores e com dinheiro, eu tenho uma Torna Viagem e estou a vende-la a quem der o devido valor por ela.

Vamos ver quem se chega à frente

Unknown disse...

Boa tarde.
Descobri este blog ao procurar algum sítio onde vender a minha garrafa.

Também eu sou possuidor de uma Torna Viagem, das originais. Rótulo preto.

Pelas demais circunstâncias da vida, vejo-me obrigado a vendê-la. Se houver um comprador justo, e sério: j_Fe.andrade@hotmail.com

Obrigado,

Cumprimentos

Anónimo disse...

Tenho uma garrafa dessas não está datada mas no selo diz série B gostava de a vender! Alguém me diz qual o valor dela era do meu avô
Obrigado

Unknown disse...

tenho uma garrafa de TORNA-VIAGEM para vender...!