Nas dez horas seguidas que fiz de automóvel neste período de férias, falei com a minha "Dona"de tudo e ainda mais alguma coisa. É uma táctica que usamos para não nos dar sono e garanto-vos que resulta em pleno. A comida limita-se a dois frascos de yogurte liquido comprado no "Lidle", acompanhados de duas/três bananas e as paragens limitam-se ao abastecimento de carburante, aproveitando a ocasião para um "xixi".
Relembramos tempos passados, rimos sobre cenas de muita graça que nos aconteceram e de repente veio-nos à "mona" esta, passada numa das cidades do Norte onde vivemos vinte anos.
Em dada altura admitimos uma empregada domestica, mulher talvez de trinta/trinta e cinco anos.
Era educada, fazia o seu trabalhito com algumas falhas, mas nada que não pudesse ser
ultrapassado. Os nossos rapazes, de idade muito aproximada e ainda na escola primária (colégio de freiras, gozavam com ela, já que a "pobre" tinha os dentes da frente, como o coelho Perna Longa dos desenhos animados de Walt Disney.
E foram eles os primeiros a alertarem-nos (as crianças são observadores natos) de que a senhora « não batia bem a bola, quando pretendia encestar».
Certo dia, o mais novo, em pleno inverno e dia de chuva, estreou uma camisola de lã
de belíssima qualidade que levou para a escola para se proteger do frio gélido daquele mês de Janeiro de mil novecentos e noventa.
No recreio, depois de umas correrias com outros da sua idade, ficou afogueado, sentiu calores, despediu a camisola, e...quando acabaram as aulas regressou a casa, vindo mais leve, já que, da camisola nem rasto.
A mãe ralhou, foi à escola à procura do abafo e...nada, tinha-se evaporado.
Largos dias depois o rapaz aparece com a camisola encharcada, cheia de lama, pois tinha estado todo esse tempo no chão à chuva no espaço do recreio e ninguém tinha reparado nela.
Como a "Dona" não estava em casa e no sentido de salvar o meu "ninito" de algum
tabefe disparado ao acaso, pedi à Joana que lavasse o farrapo (?). Como sempre,
prestável,pega no esfregão ( assim parecia a camisola)e mete-o na LAVA LOIÇA, lavando-a na minha presença. Afinal salvou-se, estava em estado muito razoável e o rapaz levantou a crista e cantou vitoria.
Dias depois, na lavandaria da casa, vou dar com o tanque de lavar a roupa, cheio de loiça, de molho como o bacalhau, para ser lavada.
Parti-me a rir e mostrei aos gozões. Fizeram uma festa...e ainda hoje, quando se lembram, riem daquela troca.
Mas...um dia a casa de banho de serviço à cozinha, cheirava mal, cheiro a demonstrar que alguém a tinha usado momentos antes. Tudo estava aparentemente bem,mas as horas passavam e o cheiro não saia. Ia a "Dona", disparava o autoclismo, parecia que finalmente o cheiro estava dissipado, entrava eu e ele lá estava a incomodar. Mais uma cisterna de água. Iam os rapazes e a cegada repetia-se. Dois dias depois, já em desespero, encho dois baldes enormes, disparo o autoclismo e simultâneo vazei-os de seguida. Se houvesse algo que estivesse a obstruir a sanita, seria removido de certeza. Rejubilei de satisfação, o problema tinha desaparecido. Nada disso, o cheiro poucos minutos depois volta a aparecer.Quando já estava e entrar em desespero e preparado para fazer uma chamada ao programa radiofónico " A Parada da Paródia" afim de requisitar os detectives "Patilhas e Ventoinha" para tentar descobrir o mistério da casa de banho fedorenta, a "Dona" descobriu-o.
A empregada, tinha-se servido da casa de banho. Como a encomenda despachada não foi cano abaixo com a primeira investida da água, pegou no piaçaba e deu tamanha "foirada" na cabeça do "animal", impregnou os "cepilhos" e depois impávida e serena depositou no recipiente o referido apetrecho.
A peça foi deitada fora e a normalidade voltou aquele lar...até ao dia em que a substituta da Joana, nos fez carne assada, usando vinagre em vez de vinho branco.
51 comentários:
Bom dia
Tem uma escrita leve e agradável e torna a leitura fácil de seguir do principio ao fim pelo encadear das situações.
Não consegui parar de rir porque essas situações de casa de banho acontecem, mesmo aos mais finórios.
A troca do lava-louça com o tanque de lavar roupa é que foi mais grave.
Há muito que aqui em casa não tenho mais uma ajudante.
Prefiro estar só, do que aguentar certos disparates.
Afinal, os "meninos" já saíram de casa, faz tempo, e meu marido e eu, damos, perfeitamente conta do recado.
De mais a mais, hoje em dia, não sei se teria paciência para certas coisas!...:)
Obrigada pela visitinha.
Te desejo uma linda semana.
Jinhos
Cid@
ahahahahahaah ahahahahahaah
fizeste-me lembrar uma cena com uma certa provinciana, já na casa dos 70, que nunca tinha usado uma sanita e, um dia em lisboa, usou o bidé em vez da sanita ... qdo se viu atrapalhada gritou e foi a mim que calhou ter de resolver aquele imbróglio (por sinal um imbróglio tamanho XL eheheh)
Bem, cenas com WC há por aqui a rodos e com troca de utensílios nem têm conto, mas esta história é de gritos ... os catrais é que deviam delirar, já que tinham "espectáculo diário" a custo zero, não? eheheheheh
Jinho grandeeeeeeee
Luís Coelho
Nem cheguei a compreender aquela troca.
Que eu soubesse nunca se tinha passado.
abraço
CIDA
Com empregadas menos preparadas tudo pode acontecer.
E boas, muito difícil aparecer.
bj
Pascoalita
Minha amiga, de casas de banho tenho muitas mais. Algumas hilariantes e outras a roçar o ridículo.
Desde colocar a Gaiola na janela...
Biquinhos
Eu sempre digo e não é exagero ...
Sú um ganda GÉNIO tem a capacidade de transformar um cenário macabro, num espectáculo hilariante.
O nosso Amigo Zé do Canito tem esse dom ... até é capaz de fazer as pedras do calçadão ihihihih
Felizmente essa serviçal não permaneceu tempo suficiente no posto de trabalho, para que as suas "trocas" tivessem resultados desastrosos, mas olha que conheço cada "troca" que é de se lhes tirar o chapéu ihihih
dentadinhas
cusquinha
E porque não contas tu essas aventuras no teu blogue.
a malta agradecia com certeza .
biquinhos
Zé
Se eu te contasse as aventuras da minha empregada...
Fartei-me de rir com a da casa de banho. Cheirava mal, mas teve piada.
Beijo
Maria
Pois eu acho que o teu problema está em escolher a "boa" empregada doméstica....ahahahah
Elas são escolhidas pelo excelente trabalho ou pela excelente aparência????!!!!!! ;):D
Beijokitas
Karia
Esta foi uma pequena amostra. Teria muitas,muitas mais. Algumas delas até caricatas. mas levadas com humor passava-se bem.
No fundo, tinham era falta de preparação em tudo
bj, amiguinha
Parisiense
Já tive muitas empregadas, mas só uma foi arranjada por mim.
Aparência da mais fina flor. Nem chegou a entrar em casa, a "Dona" correu com ela e comigo. Disse-me assim:- Só se eu fosse maluca...
jinhos
Guardado estava o "bocado" para quem o descobrisse.
Bem podias ter despejado o mar que ainda hoje lá terias o dito cheirinho.
Quanto ao vinagre, até pode ter sido descoberta uma grande receita. Não gostaste? É que o vinagre tem o condão de dar uma sabor muito agradável a tudo.
Fica desde já esclarecido que quando formos almoçar não iremos beber vinagre, né?
Grande abraço amigo Zé
Kim
Efectivamente estava uma boa porcaria. E o interessante é que na minhas casa, as empregadas comem connosco à mesa. E nesse refeição a "finória" disse que estava mal disposta e raspou-se.
Um abraço
Fátima
Bem vinda...
rrss rss rrs, Meu DEus, imagino o cheirete!!
Um abraço ilone, Zézinho.
Amigo Zé
A tua história, giríssima como sempre, fez-me lembrar aquela da diferença:
- Sabes qual é a diferença entre um tacho e um penico?
- Não, não sei...
- Imagino o que vai lá na tua cozinha...
Pois é, a tua empregada não sabia a diferença entre um lava loiça e um tanque de lavar roupa.
Mas...pior ainda... não sabia como se descartar de "encomendas" demasiado grandes e mal cheirosas rsrsrsrsrssss.
Sabes? lá na aldeia donde, provavelmente, ela provinha, não havia essas esquisitices , e, ao ar livre, esses problemas não se põem rsrsrsrssssssssssss
Beijinhos
São
ahahah...
abrações
Mariazita
Puro engano, Era da Cidade.Não resisto:- Certo dia, no escritorio onde trabalhava, foi para lá como colega um moço, que era da família do "Bigboss".
Quando precisava de ir à casa de banho, estendia um jornal no chão, fazia-lhe em cima, embrulhava e depois é que ia para a sanita.
Por isso, chamavamos ao fulano o Mário das Calhandras. É que ele estava habituado a fazer debaixo da figueira(se calhar ia comendo figos ao mesmo tempo).
jinhos
Ahhhhh, não posso mais.
Isso não é nada comparado com o que aconteceu aqui em casa, tinha cá a Pascoalita a nina africana, os maridos, a tia e mais um amigo, tudo na maior. Eu ia à despensa e cheirava-me a algo menos bom, eu tirei tudo para fora, o cesto das batatas, garrafões que por lá estivessem, sacos que pudessem ter algo estragado..e nada, mas o cheirete já me incomodava muito, eu lavei o chão, o manel levou o lixo para baixo e a cheirada continuava.
Já não aguaneava mais aquele cheiro estranho que me parecia carne estragada mas nada aparecia, olho debaixo das prateleiras de metal, vejo o balde, tiro-o para fora e...o meu querido manel, tinha aproveitado o pernil do presunto que estava a acabar, e com bons pedaços de carne, pôs tudo de molho para depois coser e fazer um belo cozido à Portuguesa..imaginas o que aquela carne fazia ali a "marinar" em água há uns 6 dias? xiça penico, chapéu de coco como diz a minha amiga africana, foi tudo pró lixo, a água sanita abaixo, até lixívia pus no chão, ufa que cheirete, assim...vá lá.
essa tua empregada era cá um arranjo!
Bem me ri.
Beijinho zezito, e abraço da laura
Xiiiiii uma empregada assim feiosoa, com uma PENCA que mais parece o aspirador do "papa formigas" era para teres o palácio que nem "brinquinho"
hummm calhar agiu assim só para chamar a atenção do patrão Zézito ihihihih
dentadinhas
Laurinha
E tudo na mesma Cidade...
Jokitas, amiga
cusca
olha que não havia diferença entre o boneco e a boneca, lá isso não.
biquinhos
Olá, amigo!
Voltei...
rsrsrsrs
Você é terrível!!!
Não dá para sair daqui sem rir até a barriga doer!
rsrsrs
Bom fim de semana!
Beijinhos.
Itabira
Brasil♥
Maria da Inês
Mas, eu não tenho culpa das coisas me acontecerem.
Beijinhos e cumprimentos ao Zé carioca
Gaita! Depois de ler este post, nem que fosse a única totalista do euro milhões, jamais contratava uma empregada doméstica! Tive de me rir com algumas partes desta história, principalmente quando contas que a empregada se assanhou e arremeteu contra o "animal". Era grosso e duro, pelos vistos! :D
Milu
Agora sou eu a rir pelo teu comentário.
se ficasse atravessado, seria uma autentica ponte sobre o Tejo, julgo eu.
jinhos
rsrsrs, imagino quantas histórias de empregadas teríamos para contar e quantos livros poderiam ser escritos...
A maioria vira piada. A minha, por exemplo, inventou de mexer na máquina de lavar louça sem perguntar. Elas adoram mexer nas máquinas sem perguntar. Colocou tanto sabão em pó 'comum' e fora do recipiente, que a sala de serviço ficou uma bolha! Saia tudo da máquina tomando todos os cantos. E para remover aquele sabão todo, hein??? Foi uma tarde inteira.
Empregada todo o dia... Nem morta!
Beijo
Tais luso
Tais luso
Bem vinda a este canto luso
E não é que já tive uma que por gulodice meteu à boca e bebeu uma boa golada de detergente, julgando se laranjada.
Teve de fazer uma lavagem ao estômago, mas mesmo assim deitava bolinhas de sabão por tudo quanto era SITIO.
Vistas com humor as suas aventuras, servem para quebrar a monotonia do dia a dia. ahahah...
Olá amigo! muito, muito bom seu blog, adorei! Me diverti à bessa com suas histórias rsrsrs
Tenho muitas histórias pra contar sobre as tantas "secretárias" que por aqui passaram... Mas não com tanta propriedade como vc fez nessa!
Mas vou lhe contar um segredo: gosto de carne assada com vinagre! rsrs
E.T.: Lhe enviei um e-mail. Se possível, responda-me.
Bjo Gde.
Sueli Gallacci
M. Sueli Gallaci
você não tem meu mail.
bj.
Caro amigo Zé do Cão,
Antes de mais nada, os meus vivos agradecimentos pelas tuas palavras aquando do meu aniversário. Eu bem tento manter a juventude inalterável mas ela teima a querer envelhecer, é uma teimosa !
Diverti-me com a história verídica das tuas empregadas. Suponho que, agora, passadas estas experiências, és tu que lavas a roupa, a loiça com a ajuda das devidas máquinas e que cozinhas lindamente sendo, não tenho dúvida, um excelente dono de casa...
beijinhos
Verdinha
JE VOIS LA VIE EN VERT
.De cozinha, sinceramente sei fazer uns ovos estrelados, com muita pinta, usando azeite, óleo ou toucinho rançoso. A loiça ás vezes é lavada por mim à mão, desde que me deixem usar a quantidade de detergente que acho necessária. A roupa, nunca quis aprender a mexer na máquina. O pó ás vezes a "Dona" obriga-me e eu para não criar atritos, lá me sujeito.
Considero-me portanto a "empregada doméstica perfeita".
Quanto aos anos, acho que eles estão a passar muito mais depressa do que antigamente. Temos que por fim a este estado de coisas.
bj.
Esperando mais estórias, te deixo um abraço amigo.
Noite serena para ti e para os teus.
São
Obrigado amiguinha.
Quanto às estórias vou puxando pela memória.
abraço
Zézito
Quando rebenta outra aventura.
não achas que já o estamos que o tempo de espera já chega?
Ao Anónimo
Com paciência tudo se arranja.
Situações bem distintas, mas igualmente incômodas..., rsrsss
Beijos,
Ana
Mais do que isso minha amiga.
mas com humor, tudo acaba em graça e são factos que a vida real não apaga.
bj
Caro Zé
Nos livros policiais vamos imaginando, ao longo do livro, quem é o criminoso. Penitencio-me, agora, pelo pensamento miserável que me assaltou,durante a leitura: é que imaginei umas cuecas do Zé esquecidas nalgum canto esconso. ihihihihi
Um abraço caro amigo Zé
Passa-te pela cabeça cada coisa.
Por onde tens andado que há tanto tempo não dizes nada?
Pelas Américas?
Um abraço
Esperando mais uma das tuas tão interessantes estórias, te dixo um abraço grande, meu Amigo.
São
Daqui a dois dias sairá uma nova estória em que o protagonista é novamente o A. Jorge.
abraço e o que fim de semana seja bom, já que, o meu deu um estoiro que se ouviu na Galiza.
Ôhhhhhhhhhh, Zé!...
Tem piedade de mim... sua fã de carteirinha número 1...
Post logo outra história!
Venho aqui para rachar o bico de tanto rir e não encontro nada...
Tem dó de nós, Zé!...
Queremos mais...
Beijinhos carinhosos.
Brasil
Magia da Ines
Neste momento vou sair e já naão tenho tempo
Amanhã pela tarde, cá estará outr, novissima
bj
Afinal, graças a DEus , o estouro lá se calou: fico satisfeita com isso e esejo-te uns excelentes dias em companhia da Dona e amigos.
Um abraço bem grande, Zézinho.
Mas que senhora tão trapalhona: o tanque pelo lava loiça... sabe-se lá o que trocaria ela mais! Mas foi ao ler esta história que consegui trocar a "rezingona" pela "bem disposta"! Muito obrigada pelos conselhos agricolas, vêm mesmo a calhar porque já chove por estas bandas. BJs
Catarina.
Minha querida, deu vontade de rir e dizer-te que sei bem o vendavel enorme que houve por aí. Senti-o na pele, pois sempre fomos a correr, só jantar lá acima. E viemos ás 5 da manhã.
Demorei 6 horas na viagem para baixo e 5 para cima.
Mandei um mail ao Tó
binhos
São
Fomos a correr e só jantar.
Coisa de malucos, acho eu.
Mas que foi um convívio de maravilha com gente fenomenal isso foi.
Adorei
hahahahahahahaha
No comments!!!!
hahahahahahahahahahahah
Uma pessoa que nos limpa a casa a fazer isso? hihihih ... isso é o chamado: atestado de incompetencia!!!
hahahahaha
ESpeCiaLmente GaSPaS
Coitada... Fazia os possíveis para ser diligente.
Afinal, "O animal" nem gritou "Helpe"
e morreu afogado...
Enviar um comentário